UTI Covid-19 – Onde estão os verdadeiros heróis!
Uma homenagem da Qwerty Portal de Notícias aos servidores que atuam na UTI da Santa Casa de Caridade de Dom Pedrito.


lembrar q o amor é o
melhor remédio
Os dias ainda são difíceis, de apreensão, de incertezas, de isolamento. Palavras como pandemia, covid-19, coronavírus, aglomeração, máscara, álcool gel, reapareceram no vocabulário de todos. O mal surgido há milhares de quilômetros venceu fronteiras e chegou à Capital da Paz exigindo mudanças, adaptação e paciência. São quase seis meses em que a comunidade como um todo, do dia para a noite teve os hábitos mais corriqueiros transformados radicalmente. Em meio a tudo isso, o setor que em tempos ditos “normais” já é um dos mais exigidos, recebeu uma carga de trabalho, uma pressão psicológica ainda maiores – os trabalhadores da área da saúde – técnicos em enfermagem, enfermeiros, médicos, farmacêuticos, fisioterapeutas, assistentes sociais e psicólogos. Sem falar no pessoal da higienização, cozinheiras, administrativo e tantos outros que integram a nossa valorosa Santa Casa de Caridade de Dom Pedrito.
A UTI – Unidade de Tratamento Intensivo, denominada atualmente de UTI Covid-19, qual um exército, atua com profissionais que se revezam na tarefa de cuidar. Além de aventais, toucas, propés, luvas, máscaras e demais equipamentos de proteção individual, levam como armas o amor pelo que fazem e o cuidado para com o próximo. Em cada turno, uma expectativa, sentimento que se alterna entre a preocupação com cada paciente que é internado e a alegria de abrir as portas para aqueles que se curam.
De autoria ignorada o texto abaixo descreve um pouco da rotina daqueles que arriscam a sua vida diariamente para que a vida de todos nós esteja em segurança:
Pressão caindo, saturação diminuindo, bomba apitando.
Punciona mais um acesso.
Faz volume!
Olha monitor.
Vai parar!
Checa pulso.
Parou!
Chama equipe.
Inicia manobras de RCP.
Puxa carrinho.
Tubo numa mão, laringo na outra.
Desfibrilador, aspirador, ambú.
Aspira adrenalina, administra adrenalina.
Olha cronômetro, coordena, orienta.
Voltou!
Sedação. Noradrenalina. Vasopressina.
Sonda aqui, sonda ali.
Traz material estéril, leva material sujo.
Sangue. Vômito. Fezes. Xixi.
Troca tudo, deixa tudo limpo.
Muda o decúbito. Evita lesões.
Monitora. Faz eletro.
Traz mais uma bomba, cabe mais uma aqui.
Aparelho não funciona, emenda, improvisa.
Aspira.
Fica de olho!
Dieta. Exames.
Chama médico, laboratório, banco de sangue. Fisioterapeuta. Manutenção.
Confere a prescrição.
Liga.
Encaminha.
Se indispõe.
Pergunta.
Responde.
Estuda.
Se especializa.
Estuda.
Conversa, conforta.
Sofre.
Torce.
Vai dar certo!
Admissão.
Alta.
Óbito.
Família.
Abraços.
Risos.
Choros.
Exaustão!
Exaustão!
Carga horária alta.
Salário baixo.
Um.
Dois.
Três empregos.
Vai pra casa.
Sonha com o plantão de ontem, de hoje, de amanhã.
Vamos lá que vai começar tudo de novo.
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Sabe de quem é essa rotina?
Do profissional de Enfermagem
Ele está lá, do nascer ao morrer.
Seja grato a um profissional da Área da Saúde



Obrigado Carla D’Avila, Obrigado Anelise

Obrigado aos combatentes da higienização Nara, Flavio, Ivone e Max
Obrigado aos médicos Dr. Janu, Dr. Henry, Drª Eula e Drª Patrícia.
Obrigado aos demais médicos que também atuam no setor!