Torcedor do Guarany é atingido por foguete em São Gabriel

Um torcedor do Guarany de Bagé foi atingido por um foguete na tarde de sábado, próximo ao estádio Sílvio de Faria Corrêa, em São Gabriel. O jovem, identificado como Patrick da Luz Brignol, de 19 anos, ficou gravemente ferido e precisou passar por um procedimento cirúrgico.
Conforme informações do jornalista Márcio Vaqueiro, o jovem foi atingido em uma das mãos, momentos antes de iniciar a partida entre Guarany e São Gabriel. Ele foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para o Pronto-Socorro.
A Brigada Militar de São Gabriel atendeu o caso e a Polícia Civil deve apurar as responsabilidades. Informações preliminares dão conta que, no mínimo, oito pessoas já foram identificadas como participantes do delito.
Ferido é irmão de secretário bageense
O secretário de Juventude, Esporte e Lazer de Bagé, João Schardosim, que é irmão da vítima, conversou com a reportagem sobre o assunto. “Ele está consciente. E conseguimos que nos falasse o que aconteceu. Ele comentou que chegaram em São Gabriel e o ônibus foi estacionar na lateral do estádio, no lado dos visitantes. Porém, um grupo de torcedores teria começado a jogar pedras, tijolos e garrafas no ônibus”, relata.
Em função do fato, disse ele, o veículo teria dobrado uma esquina e os torcedores do Guarany desceram próximo ao portão de entrada. “Esses torcedores vieram atrás. Pelo que nos falaram eram mais de 10 pessoas. E, novamente, seguiram jogando pedras. Então, alguns torcedores reagiram, até para não deixar chegarem mais perto. Foi quando acenderam um foguete e apontaram em direção aos torcedores do Guarany. Meu irmão disse que (o rojão) veio direto ao rosto dele e ele colocou a mão na frente”, disse Schardosim.
Brignol precisou passar por uma cirurgia ainda em São Gabriel. “Ele perdeu o polegar esquerdo e partes de mais três dedos. A palma da mão ficou desfigurada. Consegui trazer ele para Bagé. Está internado na Santa Casa de Caridade. Porém, ainda corre o risco de ter que amputar a mão. Ficamos mal é com a banalidade. Graças a Deus ele está vivo. Mas isso não é esporte. Isso é inconsequência”, completa.
Folha do Sul