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Servidores da educação infantil decidem paralisar as atividades em Dom Pedrito

Trabalhadores que tiveram a carga horária de trabalho modificada no início do ano letivo seguem pleiteando um acordo com o Executivo

Em reunião realizada na sexta-feira (21) no Sindicato dos Municipários de Dom Pedrito, ficou decidido a paralisação dos servidores da educação que tiveram uma mudança na carga horária trabalhada. O início da greve ainda não tem data, mas pode acontecer ainda nesta semana.

Desde o início do ano letivo nas escolas de educação infantil de Dom Pedrito, um impasse tem gerado desconforto na relação entre os colaboradores da pasta, entre eles atendentes, cozinheiras, monitoras e operários de escolas infantis, e a Prefeitura da Capital da Paz. O motivo é a mudança na carga horária de trabalho diária, que anteriormente era de 6h, mas que passaria a 8h após documento assinado pela secretária Helena Coradini.

Uma paralisação foi realizada pelos servidores nos dias 17 e 18 de fevereiro e, desde então, eles estão em tratativas com o Executivo para encontrarem alternativas para a situação.

Já a Prefeitura afirma que a carga horária é prevista desde o concurso público realizado pelos trabalhadores e defende que foi um pedido do Ministério Público.

Alguns colaboradores decidiram seguir com as seis horas diárias de trabalho, o que vem dividindo opiniões na comunidade.

Nossa equipe foi procurada nesta semana por mães de alunos da Escola de Educação Infantil Tude de Godoy, no bairro de mesmo nome. Elas afirmam que os filhos estão sendo prejudicados por esta carga horária, principalmente com relação às atendentes, e que as crianças estariam saindo às 13h30 do colégio, quando deveriam ser assistidas em período integral.

É válido ressaltar que por conta desta questão a professora que atende a turma foi remanejada para outra sala no período da tarde.

O que diz a Prefeitura?

O executivo reafirma que está seguindo uma determinação do Ministério Público para a mudança da carga horária dos trabalhadores.

Em nota enviada para a nossa reportagem, a Prefeitura destaca: “Cabe ressaltar que, atualmente, enfrentamos uma demanda de quase 180 crianças fora da escola, e a impossibilidade de atender a todos está diretamente relacionada à falta de profissionais que cumpram integralmente suas jornadas de trabalho”.

Confira a nota na íntegra:

Em relação à carga horária dos professores, a Prefeitura segue rigorosamente a recomendação do Ministério Público, que estabelece uma carga de 8 horas diárias para as atendentes. Cabe ressaltar que, atualmente, enfrentamos uma demanda de quase 180 crianças fora da escola, e a impossibilidade de atender a todos está diretamente relacionada à falta de profissionais que cumpram integralmente suas jornadas de trabalho.

Quanto ao piso salarial do magistério, reiteramos nosso compromisso com os professores, mantendo o pagamento conforme o piso salarial estabelecido, garantindo que os profissionais da educação recebam de acordo com o valor determinado por lei.

A Prefeitura continua empenhada em melhorar as condições de atendimento educacional, com a busca constante de soluções para atender a toda a demanda e assegurar uma educação de qualidade para nossas crianças.

Nota enviada pela advogada do Sindicato dos Municipários de Dom Pedrito, Daniela Provin

Na manhã desta segunda-feira (24), aadvogada do Sindicato dos Municipários de Dom Pedrito, Daniela Provin, que representa os servidores neste caso, entrou em contato com a nossa equipe para adicionar detalhes que levaram à decisão pela paralisação por tempo indeterminado.

Confira o texto:

A paralisação por tempo indeterminado, chamada comumente de GREVE, foi votada e aprovada com base nas péssimas condições de trabalho a que os servidores da categoria estão passando. A questão da jornada de trabalho é apenas um dos pontos relatados e colocados em votação.

Existem muitas dificuldades dentro das escolas e escolinhas pelas quais estão submetidos os servidores da educação que cuidam e atendem as crianças e bebês para que os pais possam trabalhar com segurança e tranquilidade, tais como: fechamento do portão da escola e impedimento do servidor fazer o intervalo dentro do educandário; obrigação de alteração de turno com obrigação dos revisores em almoçar às 10:30; uso de materiais vencidos (o que prejudica a saúde dos pequenos); ameaças por servidores da Secretaria de Educação; entre outros relatados.

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