Sala Rosa, dedicada para atender mulheres vítimas de violência, é inaugurada na Delegacia de Polícia

Foi inaugurada na manhã desta terça-feira (18), a Sala Rosa, na Delegacia de Polícia de Dom Pedrito, destinada a atender mulheres vítimas de violência doméstica. A iniciativa partiu da subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), através da Comissão da Mulher Advogada, e contou com apoio do Poder Judiciário, Ministério Público, Polícia Civil e Prefeitura Municipal. A sala já foi utilizada, oportunidade em que uma vítima de violência doméstica foi atendida.

Segundo a delegada Daniela Barbosa de Borba, a importância desta Sala será para que as vítimas de violência se sintam confortáveis em momentos difíceis, além de encorajar que mais mulheres que sofram com a violência a procurar a Delegacia. “O espaço reservado, acolhedor, em que a vítima não terá contato direto com o agressor”, destaca a delegada, ressaltando que ameaça (mesmo sem agressão) também se enquadra dentro da Lei Maria da Penha.

O juiz titular da 2ª Vara Judicial, Alexandre Del Gaudio Fonseca, salienta que a Sala é importante para o bem-estar das vítimas. O magistrado também acredita que a violência contra mulher ainda é um fator cultural, mas ele observa que existe uma diminuição dos casos. A isso, ele responsabiliza a Lei Maria da Penha.

O promotor de Justiça Francisco Saldanha Lauenstein, enfatizou que a Sala Rosa é uma importante iniciativa, pois se verifica que o município apresenta índices altos de violência contra mulher. “O que se notabiliza é a violência lamentável que ocorre dentro dos lares. A Sala Rosa é uma atenção humanizada às vítimas, com atendimento especializado, com foco na vítima da violência doméstica”, apontou o promotor.

A presidente da OAB em Dom Pedrito, Malize de Freitas Lins, destaca a conquista da inauguração da Sala, relatando que a ideia surgiu no final do ano passado. “No final de 2016, a ideia surgiu quando fomos a Belo Horizonte, no congresso da Mulher Advogada”, disse a presidente, salientando que a partir daí, buscou-se viabilizar o projeto. “Conseguimos efetivar a Sala Rosa, uma ação conjunta de todas as componentes da Comissão da Mulher Advogada da nossa subseção”, disse Malize.

O objetivo primeiro é que a mulher se sinta acolhida. “Para que ela saiba que não precisa ser agredida novamente, que pode virar esta página e que os agressores sejam devidamente punidos”. Malize agradeceu a Carolina Fontoura, presidente da Comissão da Mulher Advogada; a Prefeitura, através da Secretaria de Assistência Social, que também vai atuar na Sala prestando atendimento especializado; Poder Judiciário; Ministério Público e Polícia Civil, em especial ao delegado Cristiano Ritta, que apoiou o projeto e auxiliou na viabilização.

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