RS 630 segue sem previsão para asfaltamento, apenas manutenções

A colunista do Zero Hora, Gisele Loeblein, traz dados sobre a logística e infraestrutura do Estado, citando, como exemplo, Dom Pedrito. Com a chegada da época da colheita, o tráfego de caminhões aumenta e as estradas acabam exigindo manutenção cada vez maior para que se mantenham condições de trafegabilidade.
Após a retirada das ferrovias de muitas localidades (incluindo Dom Pedrito), a aposta tem sido no modal rodoviário, que acaba sobrecarregado. Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira de Logística (Abralog) e vice-coordenador do fórum de infraestrutura da agenda 2020, Paulo Menzel, a matriz de transporte ferroviário saltou de 87% para 92%, enquanto nos Estados Unidos, o percentual é de 32%. O custo logístico já absorve 20,03% do PIB com essa conta.
Menzel explica que esta modalidade de transporte traz uma série de gastos, como manutenção das estradas, conserto de veículos e combustível (além dos impostos que os caminhoneiros são obrigados a pagar). Luiz Fernando Fucks, presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja – RS), lamenta que as ferrovias não estejam mais transportando grãos.
Diante deste cenário, cada vez mais recursos são necessários para manutenção das estradas, e há a percepção de que a agricultura pode perder competitividade. Segundo a colunista, não há recursos para o sonhado asfaltamento da RS 630, trecho que liga Dom Pedrito a São Gabriel. A via apenas será mantida com condições de trafegabilidade pelo Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens (Daer).