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Rodízio de livros da Biblioteca Municipal é uma oportunidade para o leitor renovar a estante

Desenvolvido há quase uma década, o projeto ainda é pouco conhecido pela população

Detentora de um vasto acervo, a Biblioteca Ruy Barbosa guarda, em suas largas estantes de madeira maciça, memórias da vida humana e da sociedade pedritense, mundos inexplorados e fantasiosos, sofrimentos compartilhados pelos poetas: preciosidades protegidas por capas desbotadas e eternizadas em páginas amareladas pelo tempo e que convidam a um mergulho no universo da palavra, e de toda a sua beleza, através de grandes obras da literatura nacional e estrangeira.

Com um público fiel, mas nichado, o espaço disponibiliza, além do tradicional empréstimo de exemplares, um projeto que em muito se assemelha ao de um sebo. Intitulado como Rodízio de Livros, a ação consiste na troca de um exemplar por outro, isto é: cada pessoa interessada em adquirir um dos volumes disponibilizados em uma das prateleiras indicadas com a placa do projeto deve levar um outro livro de casa para substituí-lo.

“Nós começamos na feira do livro com esse sistema de rodízio: a pessoa trazia um livro em bom estado e retirava outro livro que estava ali. A gente disponibilizava no projeto os exemplares que tínhamos repetidos no acervo, além das doações que vinham por essa troca”, recorda a professora e ex-bibliotecária, Maria Beatriz Fagundes.

Mesmo sendo desenvolvido há quase uma década, o projeto que disponibiliza obras de autores renomados como Machado de Assis, José de Alencar, Luis de Camões e Ágatha Christie ainda é pouco conhecido pela população que, em sua maioria, não tem o hábito da leitura. Sendo hoje uma das funcionárias mais antigas do local, a professora Arminda Borba Machado destaca que a iniciativa é “fundamental para o bom desenvolvimento do trabalho da biblioteca”.

Arminda ainda pontuou que, além do esquema de rodízio, o espaço como um todo carece hoje de novas doações. Segundo Débora Melleu, também monitora do ambiente, o espaço é visitado diariamente por dezenas de pessoas, e dentre as categorias mais requisitadas estão os livros de ficção (adulto e infantojuvenil) e espíritas. Livros didáticos, apostilas e trabalhos escolares não são aceitos pela biblioteca, assim como exemplares muito deteriorados.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação, Cultura e Turismo, Iuri Castilhos, há alguns anos que novos títulos não são comprados pela biblioteca (que sempre renovou o seu acervo durante a Feira do Livro) em razão de novas exigências burocráticas, instituídas pela Secretaria da Fazenda. Segundo ele, hoje, para que novas obras sejam adquiridas, é necessário que seja realizada uma tomada de preços, estabelecendo um comparativo orçamentário de pelo menos três empresas/livrarias, e encaminhado para o setor de licitações da Prefeitura.

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