Réu é condenado em júri no Fórum de Dom Pedrito

Encerrou às 16h45 desta quarta-feira (4), o júri de Carlos Eduardo Silva Machado, “Cabinho Aranda”. Ele foi condenado a 5 anos e 4 meses de reclusão por tentativa de homicídio e 2 meses e 20 dias por lesão corporal leve.
Cabinho Aranda deverá cumprir a pena em regime aberto.
Para permanecer na liberdade condicional, são obrigações do réu: comprovar em até 30 dias que está trabalhando; manter-se trabalhando até cumprir sua pena; estar recolhido em casa das 20h até às 6h do dia seguinte; comparecer mensalmente no Fórum para informar sua atual ocupação e eventual mudança de trabalho; não mudar de cidade sem prévia autorização do Juiz de Direito; não mudar de endereço sem comunicar o Juiz de Direito; não frequentar boates, casas de prostituição, bares e similares onde haja venda de bebida alcoólica, bem como não transitar em via pública embriagado ou portando armas brancas.
Presidiu os trabalhos o juiz de direito Luis Filipe Lemos Almeida. A acusação ficou a cargo do promotor de Justiça, Francisco Lauestein. O réu foi defendido pelo defensor público Valdemar Mancilhas.
Abaixo, leia a denúncia apresentada pelo Ministério Público contra o réu:
1º FATO: No dia 15 de março de 2015, por volta das 19 horas, no Parque das Acácias, em Dom Pedrito/RS, o denunciado, Carlos Eduardo Silva Machado, tentou matar seu primo, Luís Augusto Rosa Machado, de alcunha Baixinho, mediante disparos de arma de fogo, o que apenas não se consumou por circunstâncias alheias à sua vontade, já que o ofendido foi socorrido em tempo, tendo sido conduzido ao hospital. O crime foi cometido por motivo fútil, já que o denunciado tentou matar a vítima em razão de discussão decorrente do jogo de tava. O delito foi cometido por meio que resultou perigo comum, tendo em vista que os múltiplos disparos foram desferidos em local onde diversas pessoas assistiam a uma carreira de cavalos.
2° FATO: Nas mesmas circunstâncias de tempo e local do crime anterior, o denunciado Carlos Eduardo, tentou matar Luís Augusto Rosa Machado, e acabou, por erro no uso dos meios de execução, ofendendo a integridade corporal de Carlos Ademir Salines Sória, de alcunha Capincho. Naquela oportunidade, o denunciado Carlos Eduardo estava jogando tava com a vítima Luís Augusto, quando ambos se desentenderam e passaram a discutir. Ato contínuo, o denunciado sacou um revólver e efetuou disparos de arma de fogo, com animus necandi, contra Luís Augusto, tendo-o atingido no pescoço.
Na mesma ocasião, por erro na execução, o denunciado alvejou a vítima Carlos Ademir, que se colocou entre ele e Luís Augusto, com a intenção de apartar a briga, produzindo-lhe as lesões acima referidas.