Réu é condenado a mais de 13 anos de prisão em Bagé

Junho Robson Pereira Menino, 33 anos, foi condenado na tarde de ontem a 13 anos e seis meses de prisão em regime inicial fechado, por homicídio qualificado. A juíza, Naira Melkis Pereira Caminha não concedeu o direito do réu recorrer em liberdade. As informações são do Jornal Folha do Sul.
Menino é acusado do assassinato de Luís André Costa Bandeira, 41 anos. O caso aconteceu na rua Dr. Veríssimo, em janeiro, quando foi encontrado o corpo de um homem dentro de um bueiro, próximo à residência de número 856 e que apresentava sinais de violência, com marcas de sangue nas pernas e braços.
O réu, conhecido como Paraíba, nega a autoria do crime. “Eu não ocultei cadáver e, creio eu, que não tenha matado ele também. A gente teve discussão, não foi por causa de celular, nem por causa de droga, foi por causa do álcool”, explicou.
Paraíba comentou, no Tribunal do Júri que, desde 2005, reside em Bagé e sempre procurou viver bem. Porém, assume que é alcoólatra. “O que aconteceu foi o seguinte: no sábado, eu entreguei R$5 para o André (vítima) comprar cachaça. Ele saiu e demorou a voltar. Quando chegou, eu o questionei, e ele disse que tinha ido visitar a família. Me devolveu o dinheiro e eu fui comprá-la”, disse.
Menino disse ainda que ficou bravo com a vítima e não o convidou a tomar a cachaça. “Ele, contrariado, começou a me xingar. Na discussão, disse que deveria sair dali. Ele me deu um soco e me agrediu. Para me defender, eu bati nele com um pedaço de madeira. Depois, a briga foi amenizada. Ele não quis ir ao hospital e todos foram dormir”, salientou.
O réu comenta que, na segunda-feira, dia em que Bandeira foi encontrado sem vida dentro do bueiro, ficou sabendo do fato pelos noticiários locais. “Eu saí da casa onde estávamos no domingo de manhã e ele estava bem. Disse ao responsável pela residência que estava apenas com dor de cabeça. Alguém fez o que eu não fiz! A pancada que desferi nele não causaria a morte”, completou.
No Tribunal do Júri foram ouvidas seis testemunhas, entre defesa e acusação.
Folha do Sul