Rede estadual de ensino terá mudanças em 2020
A partir deste ano, todas as aulas terão 60 minutos do relógio, e não mais 45 ou 50 como anteriormente

Programado para começar oficialmente na próxima terça-feira, o ano letivo da rede estadual de ensino terá algumas mudanças para 2020. As modificações abrangem desde a matriz curricular até a inclusão de diários digitais por meio de aplicativo, que poderão ser acessados pelos pais e responsáveis dos alunos.
A reportagem do jornal Folha do Sul conversou com a coordenadora regional de educação, Miriele Barbosa Rodrigues, para esclarecer as mudanças.
Foto: Thaís Nunes / Especial FS
A partir deste ano, os alunos do 1º ao 5º ano terão aulas de Educação Física com professores especializados na área. “O que acontecia antes é que havia um professor que lecionava todas as disciplinas nessas turmas.
Agora terá um especificado para essa área”, explica a coordenadora. Isso também valerá para a disciplina de Produções Interativas, onde o aluno terá sua criatividade e autonomia estimulada através de atividades lúdicas.
Para isso um professor que tenha o perfil necessário para desenvolver essas atividades será responsável pela disciplina. Já os alunos do 5º ao 9º ano terão o chamado Projeto de Vida, que busca desenvolver ações para estimular a cidadania e combater o bullying.
Outra novidade será a mudança na forma de contagem das horas aulas. A partir deste ano, todas as aulas terão 60 minutos do relógio, e não mais 45 ou 50 como anteriormente. De acordo com a titular da 13ª CRE, isso não afetará o tempo que os alunos permanecerão na escola.
“Esse ajuste será feito dentro do horário normal de aula”, elucida.
Também a partir deste ano será adotado o diário digital. Nele, os professores lançarão dados como o registro de frequência e as notas de cada estudante ao longo do ano.
Assim, os pais poderão acompanhar o desempenho dos filhos através de um aplicativo, que deve ser baixado no celular. “Mas isso não exime os pais de comparecerem às escolas. O aplicativo serve apenas para facilitar o acompanhamento”, alerta Miriele. Cada escola ficará responsável por orientar os pais e responsáveis sobre o uso da ferramenta.
A maneira de avaliação dos estudantes também sofrerá mudanças. As escolas terão liberdade para escolher a forma de avaliação dos discentes, porém o sistema deve obedecer a mensuração de resultados com notas de zero a 10.
Isso servirá para padronizar a expressão de resultados. Segundo levantamento feito pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), entre as cerca de 2,4 mil escolas estaduais do Rio Grande do Sul, existem 326 formas diferentes de apresentar os resultados. Essa diferença acabava dificultando a leitura do histórico escolar quando o aluno trocava de instituição de ensino.
Para o início do ano letivo, a coordenadoria de educação orienta que os pais confirmem a data de início das aulas. A maioria das instituições da região devem retomar os trabalhos no dia 18 deste mês.
Porém, em função da greve dos professores, pode haver diferença nas datas de início do ano letivo entre as escolas. Por isso, os pais ou responsáveis devem procurar diretamente a escola ou a coordenadoria para obter a confirmação.
Reprodução: Folha do Sul