QWERTY EDITORIAL – Mulher, nosso ponto de equilíbrio

Ser mulher nunca foi uma tarefa fácil, e isso é desde sempre. Mesmo no mundo animal, de uma forma geral, é dado ao sexo feminino as principais responsabilidades pela perpetuação da espécie, tanto é que, em muitas espécies, como os leões, por exemplo, além de cuidar das crias, são as fêmeas que caçam e alimentam até os machos.

Em se falando na humanidade, a mulher, ainda que nas comunidades mais primitivas, carregou um fardo sempre mais pesado que o dos homens. Considerada como um sexo frágil, talvez por ignorância de seu oposto, ela foi, na verdade, a responsável pelas mais grandiosas conquistas da humanidade no campo da sensibilidade, do equilíbrio e o principal deles – a manutenção da vida.

Diz-se quase sempre que, ao lado de um grande homem, há sempre uma grande mulher. O ditado está incompleto, visto que por trás de qualquer ser humano, na base de qualquer indivíduo, existe o ventre de uma mulher. Sua individualidade está intimamente ligada à geração da vida, ao aparecimento do ser.

Queiramos ou não, a primeira morada de qualquer indivíduo foi o ventre materno de uma mãe. Negras, brancas, amarelas, pardas, indígenas, não importa, ela carrega por essência um dom divino.

Na atualidade, apesar de muitos avanços e conquistas, os desafios continuam sendo grandes. Além das atividades habituais, aquelas que são inerentes à sua condição feminina, ou às que lhe foram impostas culturalmente, como os cuidados do lar e a criação dos filhos, agora a mulher está integrada ao mercado de trabalho e, embora tenha obtido e conquistado os mesmos direitos que o homem, de fato, isto ainda não aconteceu, visto que são inúmeros os casos de pessoas de sexos diferentes ocupando os mesmos cargos, mas que recebem salários diferentes.

O Dia Internacional da Mulher, para muitos não é um dia de comemorações propriamente ditas, mas sim, uma data que serve para as pessoas em geral façam uma reflexão sobre o real papel feminino na sociedade atual. Olhar para trás, somente é válido para recolher os ensinamentos deixados pelos erros cometidos. Analisar as consequências da vida contemporânea, tentar perceber se as condições oferecidas às mulheres de hoje são melhores do que as que elas dispunham dez, vinte, cinquenta anos atrás.

O resultado dessa reflexão talvez gere frutos que venham a estabelecer condições de vida mais igualitárias para homens e mulheres, independente de cor, religião, classe social, ou qualquer outra forma de divisão, aliás, essa precisa ser uma das buscas do ser – eliminar toda e qualquer forma de discriminação ou preconceito.

Nesse dia a elas dedicado, que saibamos reconhecer em cada rosto feminino, a mãe da humanidade, a geradora da vida, a mantenedora do equilíbrio, a perpetuadora da espécie, a sensibilidade a espalhar o amor que todos carecemos.

Feliz dia das mulheres!