Qwerty Editorial – haverá sempre um soldado
Esse editorial é um reconhecimento à Brigada Militar e a Polícia Civil de Dom Pedrito, que mesmo diante das inúmeras dificuldades, estão sempre prontas a defender a sociedade

O assalto à Casa do Pedreiro mostrou o quão vulnerável está a comunidade pedritense e o quão preparadas estão nossas forças de segurança. A manhã do dia 31 de dezembro de 2019 será daquelas que irá ficar nas rodas de conversa por muito, muito tempo, afinal, não é todo dia que acontece um assalto onde pessoas são mantidas em cárcere privado, com dezenas de policiais civis e militares cercando um perímetro. O assalto mal sucedido em que dois jovens, porém perigosos bandidos foram presos depois de aproximadamente duas horas de tensas negociações, virou notícia em todo o Estado. Nós da Qwerty Portal de Notícias, mais uma vez, precisamos entrar na casa das pessoas levando informações preocupantes na área da segurança.
Desde o momento em que a primeira viatura da Brigada Militar chegou ao local do crime, o desfecho positivo começou a ser construído. Isto porque os bandidos não poderiam mais sair livres do interior da loja.
Talvez percebendo a “roubada” em que tinham entrado, os dois indivíduos que afirmavam precisar sair de lá com muito dinheiro, certamente para pagar dívidas de tráfico, aos poucos começaram a libertar, um a um os reféns.
Talvez percebendo que não havia outro caminho que não o de se entregar para a polícia, depois que um brigadiano inspirado conduziu as negociações, garantindo a integridade física dos bandidos, o respeito aos seus direitos constitucionais e mais uma série argumentos que fizeram com que eles por fim, desistissem de levar adiante o plano de roubar o estabelecimento, os criminosos saíram de mãos para o alto.
A reflexão que se faz necessária, diz respeito ao fato de que lá havia um combatente, personificado na figura de dezenas de policiais, militares ou civis, uniformizados ou não, uma vez que muitos deles partiram de suas casas, de folga que estavam em sua maioria, para auxiliar, que digo, para cumprirem com a missão para a qual foram trinados.
Assim como é na doença que aprendemos a valorizar o remédio, é em horas como a que viveram os proprietários, funcionários e clientes da empresa assaltada, que percebemos o real valor desses homens e mulheres que enfrentam situações perigosas, muitas vezes com o sacrifício da própria vida, para defender uma sociedade que nem sempre valoriza esse trabalho. Aliás, é em horas como essa que notamos a falta de comprometimento e até de respeito, por parte dos governos que sequer pagam seus salários em dia.
Em uma sociedade em que muitas vezes o bandido é tido como uma vítima do sistema, em que os policiais são acusados de truculência e repressão, nós dizemos que a vida é feita de escolhas, e aqueles que estão no caminho das drogas, do tráfico, do crime, são pessoas que escolheram, mesmo que sob influência do meio em que vivem, o caminho que iriam trilhar e por isso merecem arcar com as consequências de seus atos.
Naquele cenário tínhamos dois tipos de pessoas – os que escolheram serem os mocinhos e os que quiseram ser bandidos. Ponto. Daqui para frente os bandidos poderão seguir fazendo suas escolhas e quem sabe mudar de lado. Mas que fique claro que quando o crime acontecer, quando o mal aparecer, haverá sempre um soldado.