Qwerty Editorial | Como será a vida depois da pandemia?
Você espera que tudo volte ao normal? Ou acha que nada será como antes? Essas são algumas reflexões que propomos no editorial dessa semana

Muito se tem falado sobre o estado de coisas que a população mundial vem atravessando no atual momento, por conta da pandemia pelo novo Coronavírus. Por mais que a ciência se ocupe bastante em estudar esses patógenos, ao ponto de estar ciente do perigo que eles representam para a saúde do homem, ninguém poderia prever o cenário que se instalou – uma doença que atingiu o mundo inteiro e abalou as bases de todos os setores da sociedade, desde as crenças, até a economia.
Praticamente da noite para o dia, tudo mudou. Os anúncios das agências de saúde, potencializados pela mídia em geral levaram informação e pânico à população que de início esgotou os estoques de álcool gel e papel higiênico das prateleiras de supermercados, fenômeno observado em praticamente todas as cidades brasileiras.
O tempo foi passando, as medidas de enfrentamento foram sendo adotadas. Muito embora autoridades internacionais critiquem a forma como o Brasil está enfrentando a pandemia, em Dom Pedrito, as medidas vêm surtindo efeito positivo e apesar das críticas de alguns, vivemos uma situação relativamente tranquila, principalmente se compararmos com outros pontos do país ,onde o cenário é assustador.
Mas um fato é certo. Em algum momento do futuro mais ou menos distante, essa pandemia irá ser controlada e possivelmente extinta. Daí perguntamos: como será o mundo depois? Como serão as relações sociais e de trabalho? Tudo voltará ao normal ou teremos como dizem alguns, um “novo normal”? São questão que precisam ser pesadas na balança íntima de cada consciência.
Do ponto de vista econômico, já podemos ter uma mostra de como as relações entre comércio e consumidor irão se dar. Muitas atividades foram paralisadas e até extintas, é verdade, mas outras foram e serão criadas a partir das novas necessidades que surgiram por conta da mudança de hábitos da população.
No aspecto íntimo de cada um, ainda estamos sob a influência dos efeitos da pandemia. Pode-se dizer que a atmosfera do mundo ficou mais densa, espiritualmente falando, afetando mais ou menos as pessoas. Se a afirmativa ficou um pouco dogmática, podemos nos expressar de outra forma. Acontece que o ser humano, por seu instinto de preservação da espécie, sentindo sua vida ameaçada, age para conservá-la. Por nossa evolução mental, os fatores externos trouxeram preocupações que, somadas a todas as vicissitudes geradas nesse contexto, fizeram com que o ser desenvolvesse outras patologias, como processos depressivos e outros quadros psíquicos.
Particularmente, pensamos que a vida não será como antes, aliás, ela nem pode continuar como era. O ser humano deve aproveitar as lições que a pandemia está trazendo, para valorizar as coisas que realmente importam, principalmente quando parece que tudo vai acabar, referência à impressão que muitos de nós tivemos quando o Coronavírus bateu as portas de nossa cidade.
Precisamos valorizar as amizades, a solidariedade, a família, enfim, estar mais atento a todas estas características que fazem de nós humanos, em sua verdadeira acepção da palavra. Deixemos no ontem os ódios, as picuinhas, o egoísmo e preparemo-nos para um novo amanhã, com mais paciência, mais altruísmo, mais amor.
Torçamos para que nada seja como antes.