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Qwerty Editorial – animais, nossos irmãos menores

Que evolução é esta onde o ser humano, que hoje explora o espaço e vasculha a superfície de marte, por exemplo, é capaz de tamanha crueldade para com seres tão indefesos?

Independente de crenças religiosas, preferências pessoais ou convicções ideológicas, é preciso reconhecer que o homem, enquanto espécie, é aquela que por questões evolutivas, foi, dentre tantas que existem ou existiram, a que conseguiu se destacar sobre as demais, as marcas geológicas o demonstram, somos fruto de uma seleção natural, onde aqueles indivíduos, vegetais ou animais, que conseguiram evoluir, ou melhor, se adaptar as sempre constantes mudanças pelas quais o planeta passou, foram os que permaneceram e deram origem a sucessores sempre mais evoluídos que a espécie precedente, que ficam estagnadas ou simplesmente desaparecem.

Alcançamos níveis tecnológicos nunca antes vistos. Mas é a pouco mais de 100 anos que as ondas de rádio foram descobertas e possibilitaram um sem número de aplicações, desde o rádio propriamente dito até as telecomunicações e aí por diante; a televisão, como a conhecemos, teve a sua primeira transmissão somente em 1928, mas ainda demorou muito tempo para que ela se popularizasse; o automóvel, o avião, o computador, o aparelho celular, são outras tantas invenções muito recentes. Citamos todos esses exemplos tão somente para demonstrar o quanto evoluímos tecnologicamente, porém, o aspecto moral, ainda nos distancia enormemente daquilo que seria considerado aceitável para uma humanidade tão evoluída, sob o aspecto material

Vivemos desde sempre em guerra uns com os outros, matamos e roubamos a nós mesmos. Nesse cenário onde o mais forte prevalece, quem perde muitas vezes são os animais, nossos irmãos menores na escala evolutiva. Voltando o olhar para o nossa casa, Dom Pedrito é um exemplo de descaso e maus tratos aos animais. Talvez o problema mais visível seja o dos cães de rua. Mas pensemos um pouco: serão eles os culpados desse estado de coisas? Certamente não. Há ainda o fato de algumas pessoas, criarem cavalos na zona urbana, eles são utilizados em carroças e contribuem no sustento das famílias de seus proprietários, só que nem todos têm os cuidados necessários para que esses animais tenham uma vida digna e quando já velhos e incapazes de trabalhar, são simplesmente abandonados, relegados à própria sorte. Por isso perguntamos: que evolução é esta onde o ser humano, que hoje explora o espaço e vasculha a superfície de marte, por exemplo, é capaz de tamanha crueldade para com seres tão indefesos?  Se até os animais são capazes de gestos de proteção e fidelidade para com os humanos, como nós, que nos consideramos pertencer à espécie mais evoluída do planeta, somos capazes de tamanha indiferença?

Quem anda pelas ruas de Dom Pedrito, sejam elas centrais ou periféricas, não tem dificuldade em se deparar com animais com ou sem dono, andando livremente. Mais que um caso de saúde pública, é um problema social e cultural que vivemos, onde o egoísmo é a base do comportamento geral. Ao pensar: o problema não é meu, tentamos relegar aos governantes uma responsabilidade que é de todos, ou seja, o maior deve cuidar o menor, o mais forte deve proteger o mais fraco, mas ao invés disso, damos de ombro diante da situação calamitosa em relação aos animais, em nossa cidade.

Como resolver? Ah isso seria bem fácil se a balança da evolução estivesse mais equilibrada, se o prato da tecnologia não fosse mais pesado do que o prato da moralidade. Começar por tentar ver no outro uma extensão de si mesmo, incluindo os animais, pode ser um primeiro passo. Depois disso, de forma natural, os resultados começarão a aparecer. Pensemos nisso!

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