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Protestos e bloqueios de vias marcam greve contra reformas na região

A greve geral articulada pelas centrais sindicais do país, mobilizou os trabalhadores da região durante esta sexta-feira. Em Bagé e Candiota, houve protestos contra as reformas da Previdência e Trabalhista (que tramita no plenário do Senado), propostas pelo Palácio do Planalto, e contra as terceirizações do governo federal.

O comitê em defesa do serviço público foi responsável pela mobilização em Bagé. Os trabalhadores iniciaram a manifestação na Praça de Esportes e realizaram uma caminhada pela avenida Sete de Setembro até a Praça Silveira Martins. O trajeto encerrou em frente ao prédio da prefeitura, na avenida General Osório.

De acordo com um dos integrantes do comitê, Leonardo Portela, uma comissão formada por representantes sindicais entrou na prefeitura para cobrar uma posição do prefeito Divaldo Lara, do PTB, sobre as reformas, mas ele estava em uma agenda externa. Mesmo com a participação de vários sindicatos, houve uma diminuição no número de manifestantes em relação à última greve geral, que ocorreu no dia 28 de abril, quando participaram cerca de cinco mil pessoas.

O comitê é formado por integrantes do 17º Núcleo Cpers/Sindicato, Sindicato dos Municipários de Bagé (Simba), Sindicato dos Servidores Técnicos Administrativos da Universidade Federal do Pampa (Sindipampa), Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços de Água e Esgoto (Sindiágua) e Sindicato dos Comerciários (Sindicom), Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinacefe). Além desses, participaram da mobilização representantes do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Simpaf), Sindicato dos Eletricitários do Rio Grande do Sul (Senergisul) e vários movimentos Sociais.

Candiota
O movimento bloqueou a BR-293, no trevo de acesso à Candiota, onde foi instalada uma barreira de pneus em chamas desde as 4h. O trânsito foi interrompido e os manifestantes só permitiam a passagem de ambulâncias e vans escolares. No local se formou uma grande fila de caminhões nos dois sentidos da rodovia, chegando a cinco quilômetros.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) estava no local desde as primeiras horas da manifestação. Conforme o chefe do posto da PRF em Bagé, Dorval Silva, os policiais tentaram negociar com os manifestantes a liberação da via desde o início das atividades, mas os trabalhadores concordaram em liberar a estrada somente às 11h.

Conforme o presidente do Sindicato dos Mineiros de Candiota, Wagner Pinto, a estimativa é de que cerca de quatro mil trabalhadores tenham aderido à mobilização na região. Ele salienta que a prefeitura do município não trabalhou. A entrada para os trabalhadores da obra da UTE Pampa Sul, em Seival, foi bloqueada.

Participaram da manifestação representações sindicais dos mineiros, metalúrgicos, eletricitários e técnicos industriais. O ato contou com a adesão do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bagé e região e Sindicato dos Municipários de Candiota.

Fonte: Jornal Minuano

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