Projeto Biota Pampeana procura felino

O Leopardus munoai ou gato-palheiro-pampeano, como é popularmente conhecido, tem tamanho semelhante ao dos gatos-do-mato, mas com uma pelagem distinta que varia da tonalidade de acinzentado a avermelhado, não apresentando pintas. Além disso, os pelos são mais longos e ásperos em relação às outras espécies de felinos e apresenta listras pretas nas patas.

Essa espécie vive em áreas mais abertas em campos nativos, embora seja conhecido mundialmente como “gato-dos-pampas”, são considerados relativamente raros no estado, porém os poucos estudos referentes à espécie relacionam sua distribuição à região sul do estado.

Geralmente, o gato palheiro tem hábitos noturnos, mas pode acontecer de ser avistado durante o crepúsculo. É um animal carnívoro, sendo muito ativo na captura de suas presas, se alimentando de pequenos mamíferos, aves e seus ovos, répteis, anfíbios e peixes.

Uma das grandes ameaças a essa espécie, é a perda de habitat, pois os campos nativos que habitam estão se transformando em áreas de agricultura e pastagem. A caça ou abate por conta de predação de alguma ave doméstica, além da transmissão em potencial de doenças de carnívoros domesticados, também afetam esta espécie. Pôr fim a espécie também é vítima de atropelamentos ao atravessarem as rodovias presentes no estado do Rio Grande do Sul.

Vale ressaltar que a espécie se encontra EN (em perigo de extinção) para o estado do Rio Grande do Sul e para a lista global encontra-se quase ameaçada (NT) de acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).

Quem tiver informações sobre avistamentos ou mesmo registros fotográficos ou em vídeo, pode entrar em contato com os integrantes do projeto de pesquisa Biota Pampeana, da Urcamp pelo telefone (53) 99972 – 7979.