Profissional da saúde da linha de frente contra Covid-19 faz tatuagem em alusão à pandemia

Carla D’ávila é técnica em enfermagem no município de Dom Pedrito há 14 anos e há 11 atua na profissão. Servidora pública na prefeitura municipal, atuou no auge da pandemia no Ambulatório Covid e também participou na campanha de vacinação contra Covid-19.

Depois desse tempo de trabalho que a marcou tanto, a profissional que é, conforme suas próprias palavras “amante das tatuagens” decidiu gravar na em si mesma aquilo que ela denomina como um agradecimento ao seu trabalho e sua profissão. A imagem de uma enfermeira vestindo as luvas e por baixo do jaleco o símbolo que lembra um famoso herói foi tatuado nas costas, onde ostenta outras tatuagens.

Carla contou a reportagem da Qwerty que trabalha também na UTI – Unidade de Tratamento Intensivo da Santa Casa de Caridade de Dom Pedrito desde agosto de 2020. Foi contaminada em dezembro de 2020 e cumpriu isolamento recomendado.

Segunda ela, a covid-19 a fez enxergar a vida com outros olhos, a ajudou a ganhar experiência na profissão e entender através da própria contaminação, a dor, o desânimo, a sede, o cansaço e demais sintomas que seus pacientes sentiram, fatores que a fortaleceram como pessoa e profissional.

“Fica aqui mais uma vez o nosso respeito, admiração e carinho por estes profissionais que enfrentam o vírus sem medo, que todos os dias estão ali à beira do leito, dando-lhes remédios, alimentos e muito mais que isso – dando carinho e amor sem medo de tocá-los e fazer com seus dias sejam mais felizes longe de suas famílias. Parabéns ao profissional Bug pelo trabalho (referência à tatuagem)”.

Carla D’ávila é técnica em enfermagem, vacinadora, instrumentador cirúrgica. Atualmente atua no PAM (Secretaria de Saúde de Dom Pedrito) e faz parte do telemedicina , projeto recém-implantado no município. Tem dois votos de louvor – um da câmara de vereadores por participação nas campanhas de vacina contra Covid-19 e logo outro voto de louvor por fazer parte da equipe UTI COVID. Na foto, Carla no dia em que levou a filha Beatriz para se vacinar contra Covid-19.

“Não escolhi a BCG quando ela nasceu, não escolhi a antitetânica , porque escolheria a do Covid em meio de tantas perdas prematuras. Hoje é um dia de festa um prazer vacinar minha filha”, afirmou Carla em uma referência ao fato de que muitas pessoas deixam de se vacinar por preferir este ou aquele laboratório, adiando assim a proteção que as vacinas conferem.