Procedimento para colocação de tubos gera estranheza; Prefeito explica questão

A falta de saneamento adequado ainda é um problema enfrentado pelos munícipes. Muitos bairros pedritenses carecem de saneamento, portanto, urge resolver o problema, que também é uma questão de saúde. Moradores da rua Serafim dos Anjos Freire, no bairro Ataliba Coutinho da Rocha, procuraram a reportagem da Qwerty Portal de Notícias buscando esclarecer uma situação ocorrida na colocação de dois tubos.

Deslocamo-nos, acompanhados pela reportagem do Jornal Ponche Verde, até a residência para apurar a situação. Foi relatado a reportagem que o contato com a Prefeitura foi feito, para colocação de tubos em uma vala localizada entre duas residência, entretanto, moradores precisaram pagar a quantia de R$ 98,00 pelos tubos, que foram instalados. Estranhou, por parte dos moradores, o pagamento dos tubos ter sido feito em espécie a uma servidora da Secretaria de Obras, Viação e Serviços Públicos.

Os moradores mostraram um recibo que foi deixado na residência, com a compra dos dois tubos. “Não tem nada haver com politicagem, só que achei errado (…) falei para ela (para a servidora) por que eu tinha de pagar se já pago impostos”, relatou à moradora, destacando que o problema com vazamento de esgoto para a rua causava muito incômodo. O recibo de compra, de dois tubos, somando o total de R$ 98,00, valor atestado quando em contato com a empresa.

Na manhã desta sexta-feira (17), no programa Primeiro Jornal, da Rádio Upacaraí, o prefeito Mário Augusto de Freire Gonçalves falou sobre a polêmica. O prefeito enfatizou que não pode permitir que “se use de má fé para desconstruir um governo que vem trabalhando muito e mostrando que dá pra se fazer, mesmo sem recursos e sem materiais, muito disso, vem de nossa parceria com a comunidade”.

Gonçalves diz, enfaticamente, que não há material no Parque de Máquinas. “Já fizemos o processo interno para compra de material, a partir da semana que vêm, teremos os tubos da Prefeitura, que se coloca quando uma família está em situação de vulnerabilidade e depende disso, quando não acontece essa situação, o que é certo é que morador precisa comprar os tubos para que a Prefeitura coloque”, salienta o prefeito. Ainda, Mário destacou que a moradora ligou para o Parque de Máquinas, quando foi comunicado pela engenheira que não havia tubos e explicou a moradora os procedimentos necessários.

“Explicamos que não poderíamos trabalhar a menos que a moradora comprasse os tubos (…) A engenheira autorizou a equipe, abriu o buraco e constatou que havia um saco de estopa entupindo a tubulação, e isso é culpa dos moradores. A engenheira ligou para a moradora e relatou que precisava de dois tubos, como esses tubos já eram em frente a casa do vizinho, a moradora não quis contribuir”, relata o prefeito.

A nossa reportagem, a moradora confirmou que o pagamento foi realizado, em parte, pelo vizinho. “A engenheira ligou para a moradora e explicou (…), ela disse que não teria como ir comprar os tubos (…), o procedimento correto era a engenheira retornar ao Parque de Máquinas e deixar a valeta aberta, mas ela se dispôs a solucionar o problema”, disse Gonçalves, que, após esses fatos, a própria engenheira realizou a compra dos tubos, em uma empresa privada, pois a Prefeitura não vende os tubos.

A engenheira Camila Martins enfatizou que a moradora solicitou o serviço diversas vezes. “Disse a ela que não tínhamos como atender, pois recebemos a Secretaria (de Obras) no estado que recebemos, sem material, e o processo de compra é demorado, a única forma de atender imediatamente seria essa, com essas doações de moradores já foram colocados mais de 50 tubos”, respondeu a engenheira.