Presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar se manifesta acerca do atual quadro de segurança pública no Estado

O Presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar, Coronel Marcelo Frota, se manifestou através de uma nota a respeito do atual quadro de segurança pública do Estado do Rio Grande do Sul.

De acordo com o Coronel, “As Instituições são de Estado e não de Governo. Polícia é patrimônio da cidadania e deve servir ao conjunto da população. Única Instituição autorizada ao “uso da Força” e isso a caracteriza. O vetor está invertido:- aqui o cidadão paga os tributos e suas Instituições policiais trabalham para o governo, quando deveriam ter autonomia administrativa e operacional, orçamento próprio e ciclo completo de polícia (o Brasil é o único país do mundo a ter polícias de metades… uma previne e outra investiga… toda essa divisão em desfavor do cidadão, que não aguenta mais recorrer a duas Instituições policiais – deprimidas em seus recursos – a fim de ver suas demandas atendidas!)”.

Ainda conforme sua nota, “Enquanto tais circunstâncias perdurarem, e enquanto não houver uma revisão na legislação processual penal – que oportuniza tantas progressões de regime durante a execução da pena, enquanto não tivermos estabelecimentos de privação de liberdade sem a possibilidade de comunicação com o público externo… bem, enquanto isso e muito mais estiver acontecendo em nosso país (corrupção, desmandos de toda ordem) não há que se falar em segurança pública com seriedade.

Apresentar números e estatísticas de trabalho policial que mais se prestam a mascarar governos que não tratam com responsabilidade a necessidade mais elementar das pessoas qual seja segurança – não estaremos tratando realmente do interesse das pessoas”.

Segundo o Coronel, “vencimentos parcelados, 13° fracionado… temos que dar um norte a indignação geral – ao clamor por segurança! Temos que canalizar todo esse “não suportar mais” a fim de que tenha sentido, a fim de que tenhamos vez e voz. Basta de sermos enganados, basta de travar o desenvolvimento do estado diante da insegurança – não mais uma sensação e sim triste realidade. Basta de decretar “calamidade pública” em face das finanças, enquanto morrem gaúchos e brasileiros, concidadãos nossos estão perdendo não só a vida, o patrimônio e a liberdade – ao tempo em que se trancam a ferros em suas residências e todos mudamos hábitos! Segurança pública não é custo – é investimento! Chega”.

Ele finaliza a nota, dizendo que “todos sabemos da admiração desse grupo para com o esforço sobre humano feito pela Brigada, pela PC – mas precisamos mais do que isso, precisamos de organização. Precisamos de pressão tendente a indicar ao governo onde e como investir os tributos que todos pagamos! Vamos traduzir esse apoio pressionando os políticos e cumprimentando nossos policiais, nas ruas, visitando delegacias e quartéis. *Autorização coletiva*gera impulso, motivação! Sejamos testemunhas das ações policiais, não só nas ruas, não só no aplauso, mas em juízo, na imprensa… onde quer que seja necessária! Defenda o policial que defende você! Sei da força desse grupo e sei também dessa disposição – a ideia aqui é sinergia, é multiplicação e compartilhamento”.