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Peça de 179 toneladas começa a ser transportada do porto de Rio Grande até a Usina Pampa Sul em Candiota

Grandes estruturas que compõem equipamentos como a caldeira da Usina Termelétrica Pampa Sul (Miroel Wolowski) continuam a aportar em Rio Grande. No último final de semana, por exemplo, o tambor que será responsável pelas trocas de água e vapor no topo da caldeira, estrutura oriunda de Shangai, na China, e com 179 toneladas, chegou em território brasileiro.

A peça fez parte da carga do quinto navio BBC (Break Bulk Cargo) a chegar ao porto de Rio Grande trazendo estruturas maiores, que não cabem em contêineres. Após o desembarque no porto, os equipamentos destinados à usina passam pelo desembaraço alfandegário (processo que requer de dois a três dias) para, após, estarem liberados para transporte até o local onde a Pampa Sul está sendo construída. O cronograma de transporte é responsabilidade da chinesa SDEPCI, empresa contratada para a construção da UTE.

“Em média, após o desembaraço, os equipamentos demoram cerca de 15 dias para serem entregues em Candiota. O transporte será realizado via rodovia, em um caminhão apto para grandes cargas, após estudo de logística de transporte específico contratado (…), uma vez que o tambor da caldeira é um equipamento de grande porte”, conta Hugo Stamm, gerente socioambiental da Pampa Sul.

A previsão de chegada do tambor da caldeira no local onde a usina está sendo construída é para a primeira quinzena de novembro.
Obra passa a contar com novas frentes de trabalho

A implantação da Pampa Sul, vale lembrar, inclui a construção de estruturas complementares, como uma linha de transmissão de energia e uma correia transportadora de carvão – ambas com licenças de instalação (LI) emitidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) -, após várias atividades de levantamento das características das áreas e que resultaram em dois Relatórios Ambientais Simplificados (RAS).

A construção da linha de transmissão que levará a energia elétrica gerada pela usina até a subestação Candiota para ser distribuída ao Sistema Interligado Nacional (SIN) já foi iniciada.

A obra, que compreende a construção de 51 torres ao longo de 20,4 quilômetros, está sob responsabilidade da empresa Santa Rita, que já realizou atividades de topografia, construção dos acessos e sinalizações. Agora, paralelamente ao trabalho nas fundações, com as escavações do terreno e concretagem das bases, as estruturas começam a ser montadas para serem içadas com ajuda de um guindaste. A expectativa é que uma unidade seja montada a cada dois dias.

Stamm destaca que outras atividades relacionadas a cuidados com o meio ambiente, também estão em andamento e devem acontecer durante toda a construção da linha de transmissão e da correia transportadora de carvão. “Temos, em média, 180 pessoas envolvidas na obra da linha de transmissão, incluindo as equipes de trabalho em campo e administrativo, e a expectativa é que sejam mobilizadas até 200 pessoas, sempre priorizando a contratação de mão de obra local”, lembra ele.

Quando a montagem de todas as torres estiver finalizada, será feito o lançamento dos cabos para, posteriormente, a sua energização. Para a obra da correia transportadora de carvão, que contará com 4,17 quilômetros de extensão e uma capacidade de transporte de 550 toneladas do mineral por hora, a empresa contratada é a TMSA. Cerca de 100 trabalhadores devem atuar no processo. “A correia de transporte de carvão da UTE Pampa Sul contará com uma tecnologia diferenciada com redução de ruídos e emissão de poeira, por tratar-se de uma estrutura fechada. Além disso, no trecho em que a correia passa perto da Vila do Seival, será implantada uma cortina vegetal, que auxiliará nesse processo”, ressalta Stamm.

Folha do Sul

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