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Pais protestam por falta de transporte escolar na zona rural

Após duas licitações desertas para oito rotas, município estuda outra alternativa

Descontentes com a atual situação do transporte escolar na zona rural, mães e pais de alunos, a maioria da escola municipal Sucessão dos Moraes, realizaram um protesto em frente à prefeitura na manhã de hoje (17). O município enfrenta dificuldades para licitar oito rotas da zona rural e o caso já chegou ao Ministério Público, via Conselho Tutelar, conforme matéria veiculada na semana passada. O grupo foi chamado até o salão de atos da Secretaria de Educação e Cultura (SMEC), onde o prefeito Mário Augusto de Freire Gonçalves e o secretário Marco Antônio Rodrigues conversaram com os manifestantes.

Ainda em frente à prefeitura, a reportagem conversou com Tarcis Dickow, Ana Paula e Andiara, mães de alunos da escola Sucessão dos Moraes, além de Cecília Hernandez, mãe de um aluno da escola municipal Anna Riet Pinto. Os relatos, para ambos os educandários, são similares: aguarda-se uma definição para o transporte escolar, enquanto isso, pais, alunos e escolas acabam penalizados. Elas lembram, também, que as condições climáticas são favoráveis aos dias letivos, entretanto, os alunos permanecem sem aulas, pois o sistema adotado ainda é o de rodízio. A preocupação também permanece na questão das recuperações dos dias letivos. Na escola Sucessão dos Moraes, que encerrou as aulas em janeiro, quando, em função do calor, alguns alunos acabaram passando mal. Houve relatos também de falta de água no educandário.

O prefeito Mário Augusto salientou a preocupação do Executivo com a questão. De acordo com o mandatário, está sendo aguardado retorno, que deve ser dado ainda nesta semana, de uma nova estratégia que o município deverá adotar para encontrar uma resolução.

Aguarda-se, de acordo com o secretário Marco Antônio Rodrigues, resposta do Ministério Público para prosseguir com uma nova alternativa. Ele também destacou que esta foi a primeira questão que buscou ter conhecimento, quando assumiu a Pasta. “É uma situação atípica, nós não esperávamos isso acontecer. Muito desse problema que estamos enfrentando com o transporte escolar tem haver com a operação que aconteceu no final do ano passado, em que as empresas que prestavam serviços para o município e para as demais prefeituras da região, todas estão envolvidas”, explicou Rodrigues, aludindo a operação Laranja Mecânica, que investiga empresas prestadoras de serviço na área do transporte escolar.

As mães também apresentaram outros problemas enfrentados, como a comunicação muitas vezes beligerante com a SMEC, condições das estradas rurais e tempo prolongado de transporte até os educandários.

O secretário pediu tempo para resolver a questão. Pelo menos até o início de maio, uma medida deverá ser apresentada pelo Executivo.

 

 

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