Operação Inferno de Dante: trabalhos foram madrugada a dentro com testemunhos e longas horas de inquirição
Com forte esquema de segurança e a portas fechadas, imprensa e público não foram autorizados a acompanhar presencialmente
O primeiro dia de trabalhos do júri da Operação Inferno de Dante, referente ao motim ocorrido em março de 2018 no Presídio Estadual de Dom Pedrito, foi marcado por intensas atividades e longas horas de depoimentos. O motim, que resultou na morte de um detento e deixou diversos feridos, é um dos eventos mais graves registrados na história recente do sistema prisional gaúcho.
O júri teve início pouco depois das 9h da manhã de ontem (27), com o sorteio dos sete jurados que decidirão o destino dos acusados. O sorteio definiu um grupo composto por quatro mulheres e três homens, responsáveis por ouvir os depoimentos e avaliar as provas apresentadas.
As inquirições começaram por volta das 11h, com a oitiva de testemunhas. Ao todo, foram ouvidas 14 testemunhas ao longo do dia. O trabalho inicial foi interrompido às 12h40min para uma pausa para o almoço, retomando logo em seguida. A primeira testemunha ocupou o banco até as 16h.
Com o avançar do dia, por volta das 19h, iniciou-se a oitiva das vítimas, cujos depoimentos eram aguardados com grande expectativa. Essas falas trouxeram à tona as experiências diretas dos envolvidos.
A sessão foi novamente interrompida às 22h para uma pausa para o jantar. O júri retomou os trabalhos às 23h, seguindo com os depoimentos e deliberações até às 5h da madrugada desta terça-feira (28), evidenciando a complexidade e a seriedade do caso.
O julgamento da Operação Inferno de Dante continua hoje com os trabalhos previstos para iniciarem às 14h.
