Ômicron é o prenúncio do fim da pandemia?
OMS e especialistas falam sobre possibilidades a partir da nova variante

A OMS – Organização Mundial de Saúde anunciou recentemente que a variante Ômicron, nome dado a nova cepa do Coronavírus, pode estar chegando ao final de sua fase aguda, o que se dá até a sexta semana. Países da Europa estariam alcançando essa fase. No Brasil, este período se dará provavelmente em meados de fevereiro. Mas podemos acreditar que após esse chamado pico estaremos nos encaminhando para o fim da pandemia? Não há consenso sobre isso.
O que há de certo é que como esta variante é muito mais transmissível e menos letal, muito mais pessoas estão se contaminando, e porque menos pessoas morrem, há mais indivíduos transmitindo o vírus, numa explicação bem simplória. A partir da contaminação de grande parte da população, esta parcela estará por algumas semanas ou meses, com uma carga imunológica alta. Há também boa parte que está nessa condição por conta da vacinação, o que em tese faz crer que haverá a partir daí uma diminuição significativa do número de casos ativos.
Afirmar que nos encaminhamos para o fim da pandeia, contudo, ainda é cedo, uma vez que há países pobres da África, por exemplo, que ainda estão com um percentual de sua população sem o esquema vacinal completo, o que predispõe o aparecimento de outras variantes, quem sabe mais transmissíveis e letais.
Portanto o final da pandemia ainda é um objetivo não palpável do ponto de vista científico. Se países que já atingiram um percentual de vacinação alto não ajudarem aqueles que ainda estão na retaguarda, fatalmente haverá repiques da doença, outras ondas formadas por outras variantes e “só Deus sabe” como o vírus irá se comportar.
Investimento, cooperação internacional e boa vontade são, portanto, ingredientes essenciais para que o Coronavírus realmente baixe a guarda e seja vencido.