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Ofensiva nacional contra violência doméstica cumpre 61 mandados de prisão no RS

Um deles foi cumprido na manhã desta quarta-feira (05) em Dom Pedrito

Em janeiro deste ano, a cada oito minutos, uma mulher foi vítima de violência no Rio Grande do Sul. São crimes como ameaças, agressões, estupro e até feminicídios, quando a vítima é assassinada por questão de gênero. E os autores, na maioria dos delitos, são parceiros com quem elas mantêm relacionamentos (veja gráfico abaixo).
É como forma de tentar enfrentar essa realidade que o Estado integra ofensiva nacional nesta quinta-feira (4). O principal objetivo da Operação Marias — deflagrada em 19 unidades federativas — é prender envolvidos em violência doméstica, especialmente por casos de descumprimento de medidas protetivas e feminicídios.

No Rio Grande do Sul, estão sendo cumpridos 61 mandados de prisão preventiva. Outra etapa da ação é a verificação de mais de 300 medidas protetivas — neste caso, o objetivo é conversar com as vítimas e saber se as ordens judiciais, que podem, por exemplo, proibir a aproximação do agressor, estão sendo efetivamente cumpridas.
— Eles vão até os locais para conversar com as mulheres. É uma análise, onde o policial vai conversar e se colocar à disposição da vítima.

Verificar se ela está se sentindo protegida ou não. Nesse diálogo, o policial pode descobrir, por exemplo, que o agressor continua perturbando a vítima. Às vezes se conseguem elementos para pedidos de prisão — explica a chefe da Polícia Civil do RS, delegada Nadine Anflor, que atua como presidente do Fórum Permanente de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil.

Além das medidas protetivas, também estão sendo conferidas 198 informações sobre possíveis casos de crimes que estariam sendo cometidos contra mulheres no Estado. Ainda há 161 mandados de busca e apreensão sendo cumpridos. Até as 10h, 25 pessoas haviam sido presas no Estado e oito armas apreendidas. Em todo o Brasil, foram 146 detidos e 10 armas. A operação no Estado conta com 461 policiais civis, em 151 viaturas, e está sendo desencadeada inclusive nos municípios onde não há Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam). O mês foi escolhido para a ação, em alusão ao Dia Internacional da Mulher.

Em Porto Alegre, estão sendo cumpridos seis mandados de prisão preventiva e 18 de busca e apreensão. Até as 10h, três haviam sido presos. Durante as buscas, o principal foco é a apreensão de armas de fogo. — Importante ressaltar que tanto armas lícitas como ilícitas são retiradas nesse caso. São todas armas usadas para ameaçar mulheres, que estamos apreendendo. Isso porque no meio desse conflito elas podem potencializar o risco (de agressão ou feminicídio) — afirma a delegada Tatiana Bastos, titular da Deam e diretora da Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher no Rio Grande do Sul.

Fonte: GaúchaZH

Dom Pedrito não ficou fora desta operação, pois na manhã de hoje (05) a Polícia Civil também cumpriu mandado de prisão na área central da cidade, onde um homem acabou sendo preso e encaminhado ao Pronto Socorro para Exames. Após ele foi conduzido a Delegacia de Polícia e posteriormente ao Presídio Estadual de Dom Pedrito (PEDP).

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