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O caminho do meio

Entre extremismos e teorias de conspiração, o brasileiro segue praticando um cabo de guerra

O extremismo em qualquer área, não traz bons resultados. Como uma prescrição médica que adequa a dosagem para cada paciente, assim deveria ser o comportamento humano em relação ao convívio. Este resta sempre prejudicado quando interesses pessoais falam mais alto.

O que se vê hoje no Brasil é uma verdadeira tragédia, daquelas de causar vergonha quando conversamos com amigos que a felicidade brindou com o morar e trabalhar em países realmente civilizados. E o pior é que a história sob a qual a terra do Cruzeiro está fundada mostra que é assim desde que os primeiros europeus aqui desembarcaram.

Mas analisando a história recente, o que se percebe são sempre os interesses de determinados grupos prevalecendo sob os demais. São setores empresariais, partidos políticos, ambos na busca por algo que vale mais do que dinheiro – o poder. Sim, o poder seduz muito mais o ser humano que o próprio ouro. Homens e mulheres da área da psique poderão explicar com mais profundidade, mas é notório que o ego inflado conta muito mais do que o bolso recheado.

Em pleno 2021, assolados pela imoralidade dos representantes políticos, por uma pandemia global, as pessoas simplesmente levantam bandeiras com ares de patriotismo, mas que na realidade escondem o preconceito e o egoísmo. Deus, o que nos tornamos? Será possível que não haja um caminho alternativo, onde reine o entendimento?

O caminho do meio, como prega o budismo, é sempre a melhor escolha. O caminho do equilíbrio, do entendimento, do diálogo é o que leva o ser humano ao progresso mutuo, do contrário, o que se vê é uma nação em lados opostos, praticando um cabo de guerra, empreendendo esforços que não levam a lugar nenhum.

O triste na sociedade brasileira é que a opinião de muitos em relação a seus conterrâneos é que se fosse possível, voltaríamos a ser governados pela doutrina verde-oliva, voltaríamos a ter voto impresso, voltaríamos, voltaríamos, voltaríamos. De outro lado, no extremo oposto, há os que desejariam ter o martelo e a foice estampados na bandeira do Brasil.

Por que não optar pelo caminho do meio? Por que tudo tem que ser preto ou branco? Por que é preciso ser religioso ou ateu? Por quê?

Amizades estão sendo desfeitas, famílias sendo separadas, brasileiros sendo colocados uns contra os outros, tudo por conta de extremismos.

A história já demonstrou que o radicalismo não resolve os problemas de uma nação, pelo contrário, a divide e enfraquece.

Pense nisso! O melhor é o caminho do meio.

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