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Morte no trânsito de Dom Pedrito

Acidente trágico na Rua Júlio de Castilhos leva à morte de uma idosa

O dia 18 de novembro de 2019 ficará marcado como um dos piores inícios de semana deste ano. Às 18h40min, um acidente na Rua Júlio de Castilhos ceifou uma vida. Um motociclista que trafegava pela referia via, no sentido centro/bairro, seguia com uma camionete a sua frente. Quando ultrapassava essa camionete, a idosa sai do canteiro central e inicia a travessia, momento em que o condutor da motocicleta, sem tempo hábil para desviar, acaba por atropelar a mulher.

O motociclista fez o retorno poucos metros adiante e esboçou a intenção de prestar socorro, mas já era tarde, Maria Miranda, de 85 anos morreu no local.

Uma multidão se reuniu ao redor do acidente. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência foi chamado e no local, confirmou o óbito da vítima. Brigada Militar e Polícia Civil foram chamadas. Sob o pranto da família que começava a chegar, a área foi isolada para a espera do Instituto Geral de Perícias.

Perto das 21h, a perícia chegou e iniciou o ingrato trabalho de analisar toda a área do acidente – marcações, medições e fotografias foram realizadas para só depois liberar o corpo para a funerária.

De acordo com o inspetor Lauro Telles, da Polícia Civil, o caso deverá ser enquadrado como homicídio de trânsito. Telles disse ainda que um inquérito deverá ser instaurado, mas que o autor não deverá ser indiciado, uma vez que as imagens de câmeras próximas ao local indicam que ele não teve nenhuma conduta criminosa e que prestou socorro à vítima.

Que ensinamentos se retiram do fato?

De um lado, a família que chora a perda de um ente querido; do outro o drama de um trabalhador que passa a ter sua vida marcada por um triste fato, qual seja, a de carregar para sempre, culpado ou não, o fardo de uma vida ceifada, sem falar nas implicações legais que ainda advirão naturalmente.

Por outra – que resposta as autoridades darão à comunidade?

Todos sabem que a Rua Júlio de Castilhos é uma via por onde trafega grande parte da frota de veículos de Dom Pedrito e que não existe praticamente nenhum dispositivo que limite a velocidade dos condutores, com exceção da rotatória no cruzamento com a Rua General Neto, e que mesmo essa rotatória tem sua eficácia contestada.

Que a morte da senhora Maria Miranda não seja em vão; que seja um divisor de águas na história do trânsito pedritense; que as autoridades competentes se pronunciem, que se coloquem no lugar da família que hoje chora, porque uma vida vale mais do que qualquer entrave administrativo, do que qualquer desculpa que se venha a dar.

Uma vida se perdeu. O que mais será preciso?

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