Mesmo com decisão do TRE, Luis Augusto Lara não perde cargo automaticamente
Lara fica na presidência do Legislativo gaúcho até o final de janeiro de 2020

Mesmo que o deputado Luis Augusto Lara (PTB) tenha direito de continuar no cargo enquanto recorre da sentença que cassou seu mandato, é inegável que a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) terá impacto da Assembleia Legislativa neste final de ano.
É a primeira vez que um deputado no exercício do cargo de presidente tem o mandato cassado pela Justiça e precisa dividir seu tempo entre a atividade de comandante de um poder e a defesa nos tribunais.
Lara fica na presidência até o final de janeiro. Em que condições emocionais coordenará as reuniões de líderes e as sessões?
— Tenho de separar as coisas. Vou trabalhar normalmente, enquanto tento provar minha inocência. Temos um projeto importante para votar hoje e não vou me deixar abalar — disse Lara à coluna de Rosane de Oliveira, da GaúchaZH.
Lara prevê que seu recurso no TRE só será julgado em 2020, quando já terá deixado a presidência da Assembleia. No Tribunal Superior Eleitoral, a expectativa é de mais de um ano de agonia:
— Vou ficar mais de um ano com essa espada na cabeça, confio que conseguirei provar que o fato de meu irmão ser prefeito não me beneficiou. Estou no sexto mandato. Já fiz mais votos em Bagé quando a prefeitura era comandada pelo PT do que em 2018.
Os próximos dois meses serão intensos na Assembleia, com a votação dos projetos do governo que aumentam a contribuição previdenciária de servidores e mudam planos de carreira. Serão votações tensas, que exigirão do presidente resistência física e cacife político. Fonte: GaúchaZH/Rosane de Oliveira