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Loteamento Ponche Verde: Passados quase 5 anos, projeto ainda não saiu do papel

Na manhã ontem (25), recebemos a informação de que diversas famílias que fizeram contrato com a Coopernorte estariam sendo cobradas novamente pela aquisição do terreno, e que o valor inicial pago em 12 parcelas teria sido apenas para os projetos do loteamento Ponche Verde, localizado no bairro Santa Terezinha.

Com base nas informações repassadas, as equipes de reportagem da Qwerty Portal de Notícias e do Jornal Ponche Verde começaram a buscar esclarecimentos sobre o fato relatado por alguns cooperados (associados) da Coopernorte.

Incialmente, ouvimos representantes da cooperativa. De acordo com Marinei Garcez, “o valor inicial de R$ 150.000,00 foi pago para o senhor Nicassio Lopes de Mello como um sinal de compra e venda da área de aproximadamente 140.951 metros quadros. Com relação ao valor que está sendo cobrado dos cooperados pela segunda vez será destinado ao pagamento da área que está sendo adquirida, visto que as primeiras doze parcelas foram exclusivamente para a execução do projeto”.

Ainda conforme Marinei, “na pior das hipóteses, se as pessoas não tiverem a contratação pela Caixa Federal, seria necessário que os cooperados pagassem mais alguns meses, a fim de repassar o valor para o proprietário até a Caixa efetuar esse pagamento”, acrescentando que o valor pago a mais neste período seria descontado de quem o pagou.

Ele ressalta também, que “o valor excedente será cobrado de todos os cerca de 380 cooperados, e que ninguém será isento”, mas destaca que tudo ainda depende da reunião com o senhor Nicassio Lopes, que irá ocorrer no próximo dia 17 de novembro.

Marinei disse também, que “pelo projeto, cada cooperado terá direito a aproximadamente 200 metros quadrados de área total, sendo destes em torno de 50 metros quadrados de àrea construída”.

Marinei finalizou a entrevista dizendo que 80% dos cooperados estão em dia e que acredita que tudo vai se resolver o mais breve possível.

Conversamos também com o proprietário da àrea, Nicassio Lopes, que nos disse “o valor de R$ 150.000,00 afirmados por Marinei como um sinal de compra e venda, na verdade foi uma indenização pelo tempo em que a àrea esteve parada, ou seja, se tornou uma àrea improdutiva e não rentável para mim, motivo pelo qual eles pagaram”.

Ainda conforme Nicassio, ele espera receber o valor integral acertado de R$ 600.000,00 até o final de janeiro de 2017, visto que em relação a compra da àrea propriamente dita, nada foi pago.

Ele contou também que não descarta a possibilidade de acionar judicialmente a Coopernorte, solicitando a reintegração de posse, visto que tudo está em seu nome e o contrato, na verdade, já venceu há algum tempo. Mas ele também acredita que tudo possa se resolver de uma forma tranquila.

Nicassio foi mais além, dizendo que está aceitando um acordo de cavalheiros em consideração às pessoas que já investiram neste projeto, mas que também não ficará no prejuízo, e que se arrepende de ter acreditado em algumas pessoas que o procuraram em abril de 2012, com a promessa de que iria receber tudo no prazo de seis meses.

Agora nos resta aguardar até o próximo encontro que irá ocorrer em novembro, e o desfecho que está previsto para o final de janeiro de 2017. Estaremos acompanhando de perto o desenrolar deste impasse e atentos a tudo o que está acontecendo. Além disso, as pessoas que apostaram tudo na aquisição de sua casa própria não podem ficar sem saber o que irão receber.

Adriano Simões/JPV e Marcelo Brum/Qwerty Portal de Notícias

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