Justiça condena Diego Donimar da Silva Alves a 29 anos em regime fechado por homicídio, furto e tentativa de homicídio

Em audiência realizada ontem (27) na Comarca de Dom Pedrito, a Justiça acabou condenando Diego Dominar da Silva Alves a 29 anos em regime fechado por homicídio qualificado, furto e uma tentativa de homicídio. O fato ocorreu no dia 28 de dezembro de 2014, e acabou vitimando Gilmar Fagundes Alves, de 53 anos.
Relembre o caso
Na madrugada do dia 28 de dezembro de 2014, por volta das 2h35min, uma viatura da Brigada Militar realizava patrulhamento de rotina, quando foi acionada para comparecer na Rua Conde de Porto Alegre, entre as ruas 20 de Setembro e 14 de Julho, onde segundo informações haveria uma pessoa caída ao chão pedindo socorro. De imediato a guarnição se deslocou até o local, onde encontrou um homem com várias lesões no rosto, dizendo que ele e um amigo, teriam sido agredidos pelos comparsas das irmãs Bruna e Sabrina, que são bem conhecidas da polícia.
A reportagem do Portal Qwerty recebeu a informação do fato e também foi até local, onde já se encontravam a Brigada Militar e a Polícia Civil. No interior da residência da vítima, os policiais civis e militares, constataram que a casa estava toda revirada, e que havia ali dentro outro homem, de 53 anos, e gravemente ferido na cabeça.
Foram feitas buscas nas proximidades da casa, sendo que dois suspeitos foram localizados bem perto do local, e ao avistarem a viatura, tentaram empreender fuga, mas acabaram abordados a uma quadra da residência. Um dos suspeitos foi identificado como Diego Donimar da Silva Alves o outro como Rafael Fontoura Vilar, eles acabaram confessando que haviam agredido as duas vítimas, pois estiveram no local momentos antes, e segundo os dois a motivação da briga se deu por causa das duas irmãs.
Diego disse ainda aos policiais, que roubou uma calça jeans e um par de tênis da marca Nike, que pertenciam a uma das vítimas. Todos foram conduzidos ao Pronto Socorro para atendimento, sendo que uma das vítimas, identificado posteriormente como Gilmar Fagundes Alves, acabou sendo removido para Bagé, em estado grave.
Já os dois acusados, após exames de rotina, foram conduzidos para a Delegacia de Polícia Civil para registro de ocorrência, onde a autoridade policial determinou a lavratura de flagrante por latrocínio tentado. Logo em seguida, os dois foram encaminhados para o Presídio Estadual de Dom Pedrito. O Departamento de criminalística também esteve no local do fato, para realizar perícia.
A morte de uma das vítimas
Após ser agredido cruelmente e roubado na madrugada de domingo, 28 de dezembro, Gilmar Fagundes, 53 anos, veio a falecer no dia 7 de janeiro de 2015, na cidade de Bagé, local onde estava internado desde a data do crime. Conforme o inspetor de Polícia, Lauro Telles, o inquérito por latrocínio havia sido entregue um dia antes, quando a vítima ainda estava hospitalizada.
“Ouvimos todas as pessoas envolvidas, além de testemunhas e vizinhos da vítima. Não temos dúvidas quanto a autoria do crime e tínhamos uma pendência, que era justamente ouvir a vítima que estava internada na CTI da Santa Casa de Bagé. Inclusive, enviamos uma equipe de investigadores da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) de Bagé, mas pelo estado da vítima ser grave, os colegas não conseguiram ouvir ela e acabamos fechando e entregando o inquérito sem o seu depoimento”, explicou Telles.
O policial acredita que o que teria motivado a dupla a cometer o crime, foi que os dois acusados que se dizem namorados de Bruna, uma jovem bastante conhecida da Polícia, teriam ido até a residência da vítima por ciúme da mulher, pois achavam que ela estava lá juntamente com um dos moradores da casa, e chegando ao local teriam começado as agressões e o roubo.
No inquérito, foram indiciados os dois indivíduos por tentativa de latrocínio, mas como Gilmar faleceu na manhã de hoje, o crime ao qual os dois responderão, toma um rumo diferente e a dupla acabará sendo processada por latrocínio consumado, com pena que pode chegar a 30 anos de prisão. “Com a morte desta vítima, o corpo foi encaminhado à necropsia e pegaremos o resultado deste exame para juntar no inquérito que já está no Poder Judiciário”, finalizou o inspetor, ressaltando que a polícia ainda irá remeter ao inquérito, pequenas diligências a serem feitas e o depoimento de algumas pessoas que serão ouvidas.