Justiça condena autores de assalto a farmácia e sugere concessão de Louvor à Policiais Civis

A Justiça julgou, recentemente, os dois autores do assalto a uma farmácia ocorrido na área central de Dom Pedrito, em fevereiro do ano passado. O resultado foi definido pelo Juiz da 1ª Vara da Comarca local, que condenou Patrick Silva Peçanha à 29 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado, além de uma multa de R$ 32.559,00 e Dionathan Carneiro Soares, vulgo “Gato Mestre”, que foi condenado à 15 anos e 10 meses e mais uma multa de R$ 7.040,00.
De acordo com a decisão, Patrick teve sua pena determinada em cima de vários ítens como roubo, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, receptação, porte de arma, tráfico e desobediência. Já o comparsa, Dionathan, teve sua pena definada nos crimes de roubo e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
O resultado de mais uma decisão rápida, se deve ao trabalho que vem sendo realizado entre o Judiciário, o Ministério Público e as polícias de nosso município, que continuam agindo com muita agilidade e precisão para conter a criminalidade através de penas firmes e dentro da lei.
Relembre o caso
Dois homens armados e de capacete renderam uma funcionária e um cliente de uma farmácia localizada na área central da cidade. O assalto ocorreu na noite de quinta-feira (18/02/2016), por volta das 21h45. Os homens chegaram ao local anunciando o assalto, rendendo primeiramente o cliente dizendo para ele deitar no chão.
Logo depois, um dos assaltantes rendeu a mulher, que teve o celular roubado. Segundo o proprietário da farmácia, eles também roubaram mais de R$ 400,00 em dinheiro. Após o assalto, a dupla fugiu de moto. As câmeras de vídeo monitoramento da farmácia gravaram toda a ação dos bandidos e irão auxiliar a Polícia Civil na elucidação do crime. A Brigada Militar segue fazendo buscas pelos assaltantes. Qualquer informação ligue 190 ou 197.
Os dois homens foram presos três meses depois durante ação da Polícia Civil de Dom Pedrito e Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defec) de Bagé
Dois homens foram presos no final da tarde desta sexta-feira (27/05/2016), por volta das 18h, em uma grande ação entre Polícia Civil de Dom Pedrito e Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defec) de Bagé. Ambos foram presos em suas casas, sendo que um deles tentou resistir a prisão.
De acordo com o delegado Cristiano Ribeiro Ritta, Dionathan Carneiro Soares, vulgo “Gato Mestre”, e Patrick da Silva Peçanha foram autuados por tráfico de drogas, porte ilegal de arma, tentativa de roubo e tentativa de homicídio. “O setor de investigações da delegacia de Dom Pedrito já vinha monitorando a dupla e, no início da manhã de hoje, nós confirmamos a informação de que eles estariam programando um roubo e um homicídio na cidade”, informou Ritta, acrescentando que no final da tarde os agentes, divididos em duas equipes, foram nas casas dos indivíduos e efetuaram as prisões.
Durante a ação, os policiais conseguiram apreender dois revólveres calibre .32 em posse de Patrick – que tentou se desfazer das armas jogando-as no esgoto – mas os agentes foram rápidos e conseguiram apreender os revólveres. Gato Mestre foi preso em sua casa, pouco antes de ir ao encontro de Peçanha para cometerem os crimes. Buchas de cocaína e uma porção de maconha foram encontradas em posse de Patrick. “Eles iam cometer o assalto em um estabelecimento comercial da cidade e depois iam matar um desafeto do Dionathan”, contou o delegado.
Concessão de Voto de Louvor à Policiais Civis
O Judiciário descreveu ainda em sua decisão, que “a boa impressão causada pelos policiais Lauro Telles e Patrício Antunes Jardim, que realizaram um trabalho meticuloso e incansável, colhendo fragmentos diluídos de prova durante meses a fio, com um sem número de diligências como, v.g., acompanhar inúmeras conversas telefônicas, algumas das quais nunca antes vista por este magistrado (Auto de Reconhecimento de Voz e Levantamento de Altura de Pessoa, por exemplo), conseguindo desvendar um assalto praticado por pessoas desconhecidas das vítimas e responsabilizar os assaltantes, quando muito mais fácil seria encerrar as investigações com o useiro autoria não identificada. Esse não é um trabalho que se ultima em horário de expediente, imaginando-se o tempo despendido, possivelmente sem qualquer contraprestação adicional e em detrimento do convívio com suas famílias, já que apenas para lavrar esta sentença levou-se mais de cinco dias com exclusividade. Por isso, condutas como a destes policiais, além de revelar alto profissionalismo e senso de dever, devem ser reconhecidas e igualmente difundidas, motivo pelo qual se determina a remessa de cópia da presente sentença aos ditos investigadores, bem como à Chefia da Polícia Civil, a fim de avaliar, dentro de suas atribuições administrativas, a concessão de Voto de Louvor pelo trabalho realizado neste inquérito policial que, se dependesse do signatário, já seria de pronto concedido”.