Júri do caso Mercado Martins – fase dos debates começa
Fase mais aguardada do julgamento foi de intensos embates

A parte mais esperada de um júri, ao menos para os expectadores leigos em assuntos jurídicos, é sem dúvida a parte onde acontecem os debates propriamente ditos. É o momento do julgamento em que ambas as partes, acusação e defesa, fazem a exposição de suas teses, de duas interpretações com relação àquilo que está sendo julgado.
As 13h, depois de uma hora de intervalo, o conselho de sentença se recompôs e o juiz presidente abriu novamente os trabalhos. De início, o Promotor de Justiça Francisco Saldanha Lauenstein iniciou sua fala. Em suas considerações, ressaltou as ações pretéritas de Fernando, liberto a pouco tempo do regime semiaberto, na cidade de Bagé, e que veio para Dom Pedrito promover assaltos, e mencionou ações que ele e o comparsa Carlos Willian haviam praticado. Pontuou a intenção de matar de Fernando em relação a pelo menos duas vítimas. Pediu a condenação dos dois réus baseado, também nos antecedentes e periculosidade de ambos
A defesa, iniciada pelo Dr. Richard Noguera, advogado dativo que vem atuando em vários júris neste ano, iniciou surpreendendo que iria pedir a condenação de seus representados, uma vez que os réus são confessos, ou seja, admitem que estavam juntos e que o assalto aconteceu, baseado em outros fatos e provas que não as constantes nos autos, que na sua avaliação estava demasiadamente frágil. Sustentou que Fernando não pretendeu matar o Cap. Rolim, pelo simples fato de ter efetuado um disparo em sua direção, que não há prova de dolo (intenção), tampouco os dois policiais que o abordaram quando se preparavam para fugir, uma vez que nessa oportunidade Fernando estava com as duas armas na cintura.
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