Júri Carlos Leomar IV– debates aguerridos entre defesa e acusação
Embora o caso não seja dos mais relevantes, juridicamente falando, defesa e acusação protagonizaram mais uma vez, fortes embates de ideias
Recém os debates haviam iniciados, e um ar de contenda se estabeleceu entre o representante do Ministério Público, Dr. Leonardo Giron e os defensores, advogados Richard Noguera e Dr. José Paulo Schneider. O modo combativo do Promotor de Justiça, frente ao estilo de trabalho do Dr. Richard, já havia gerado um debate dos mais acirrados no primeiro encontro desses homens de toga, tanto que o juiz presidente, Luis Filipe Lemos Almeida, precisou intervir com apenas dois minutos de fala.
Espertamente, Dr. Leonardo Giron solicitou ao juiz que os apartes fossem regrados, afim de não ocorrer o mesmo problema da vez anterior. Visivelmente contrariada a defesa tentou dissuadir o promotor, talvez vendo nisso um prejuízo para os debates, o que não foi aceito pela acusação.
Ates mesmo de iniciar a exposição da acusação, muitas questões de ordem foram levantadas, principalmente pela defesa do acusado, situações que precisaram da intervenção enérgica do juiz presidente.
Dr. Leonardo seguiu apresentando sua tese, e logo de início falou aos jurados que iria pedir a condenação de Carlos Leomar por tentativa de homicídio qualificado. O promotor iniciou apresentando aos jurados o depoimento de algumas testemunhas, sempre na tentativa de demonstrar ao conselho de sentença a intenção que Carlos Leomar em matar.
Em questão de ordem, a defesa protestou quanto ao fato de o MP ter mencionado que o réu teria agido por desejo de vingança o que não é objeto da denúncia. O MP sustentou que o fato já figura no processo. Em análise o juiz rejeitou a alegação de nulidade levantada pela defesa
