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Informativo Conjuntural destaca aumento da umidade do solo após chuvas

Confira também as cotações – período 12 a 19/3

O Informativo Conjuntural, elaborado pelo escritório local da Emater – período 12 a 19/3 – destaca o aumento das condições de umidade no solo. Algumas regiões registrando volumes maiores de precipitação pluviométrica, considerando o contexto da estiagem, as precipitações não desfazem as perdas já registradas no campo, entretanto, evitam prejuízos maiores. As temperaturas mínimas baixaram, mas não a ponto de causar danos nas lavouras.

Pecuária

Bovinos de corte: as condições climáticas desde o final da primavera estabeleceram condições desfavoráveis à atividade, causando prejuízos ao redor de 35% – se considerar a taxa de prenhes e a comercialização do gado gordo, consequências estas que impactarão futuramente. O manejo das propriedades também tiveram que ser modificados, pois muitos potreiros ficaram sem água ou com água de péssima qualidade. Apesar das dificuldades, no geral, o estado corporal do rebanho é bom, assim como o estado sanitário. A comercialização do gado gordo continua com pouca agilidade, os frigoríficos argumentam que o consumo está muito fraco. As demais categorias de reposição, a sua comercialização segue o ritmo do gado gordo. Os animais estão em bom estado, tanto sanitário quanto nutricional.

Bovinos de leite: a estiagem prolongada ocasionou uma perda de 20% no volume que vinha sendo produzindo nesta época nos anos anteriores. A exemplo do gado de corte, o estado corporal e sanitário é bom, alguns produtores ainda tem problemas com a liquidez do produto, em função das dificuldades econômicas que a indústria compradora passa no momento. Na semana passada, o escritório recebeu a diretoria da Cosulati, quando o presidente apresentou aos produtores um quadro mais otimista em relação à cooperativa e a recuperação do preço do leite. Os produtores tiveram dificuldade de implantação das forrageiras de verão devido ao déficit hídrico, isto fez com que o produtor use outras alternativas importadas para a propriedade, como por exemplo a ração, aumentando seu custo por litro produzido.

Ovinos: poderá haver comprometimento reprodutivo em função da prolongada estiagem. Alguns açudes com pouca água ocasionando atolamento e morte dos animais, fazendo com que redobre a atenção por parte dos produtores.

Pastagens: as espécies nativas em consequência das últimas chuvas estão recuperando-se, mas a má qualidade nutritiva em todo este período causou uma perda na pecuária em torno de 35%. Neste período as nativas entram na fase reprodutiva, que é extremamente importante para manter o banco de sementes no solo. As forrageiras artificiais de verão enfrentaram dificuldades de serem implantadas devido à falta de umidade no solo.

Apicultura: na primavera, o excesso de chuvas prejudicou as floradas e, consequentemente, a produção de mel. No verão a situação se inverteu: a falta de chuva também prejudicou as floradas e a produção de mel foi muito pequena. Mantida a normalidade do nosso clima, não terão mais tempo para recuperação, pois a partir de agora as temperaturas começam a baixar. Os produtores do município continuam pessimistas em relação à produção. No recente trabalho do diagnóstico de perdas, encaminhado ao prefeito e à defesa civil, o grupo dos apicultores apontou uma perda de 55%.

Agricultura

Arroz: por ocasião do período de plantio, após meses chuvosos e com excesso de umidade, diminuiu drasticamente as precipitações e condições para chuva, faltando umidade para a germinação. Os produtores obrigaram-se a banhar as lavouras para nascer. Devido a esta necessidade, um percentual considerável de água foi utilizado; demanda esta que faz falta no final do ciclo, fazendo com que diminuíssem a lâmina de água ou até abandonassem algumas áreas. Outros fatores complicadores que ocorreram durante o ciclo, foi o ataque da lagarta rosca e o controle inicial de invasoras de forma deficiente, devido aos banhos feitos. O arroz sofreu a concorrência em termos de nutrientes, luz, espaço e água. A safra 2017/2018 contabiliza uma perda de 10% devido às dificuldades no estabelecimento e durante o ciclo as altas taxas de evapotranspiração e algumas lavouras foram atingidas por precipitações de granizo. A lavoura está 23% no período reprodutivo, destes, 70% na fase de maturação e 7% colhido. O estado fitossanitário é bom.

Soja: a época de semeadura que resulta nas maiores médias de produtividade em nossa região compreende o período de 1 de novembro a 10 de dezembro. Mais de 60% das lavouras foram plantadas nesta época, sendo significativamente afetadas pela falta de chuvas. Os principais danos provocados pela estiagem são relacionados à baixa população de plantas estabelecidas, devido a umidade deficiente para a germinação das sementes, pois se sabe que um dos componentes importantes do rendimento é o stand de lavoura, ou seja, o número de plantas por hectare. Com a falta de chuva, as plantas ficaram com o desenvolvimento vegetativo comprometido, redução no número de nós, menor engalhamento e fechamento irregular de entrelinhas, que resulta em maiores perdas de umidade do solo devido à incidência direta da radiação solar. Com o início da fase reprodutiva foram observados sintomas tais como; abortamento de flores, vagens e folhas. Os cerca de 40% das lavouras semeados após a ocorrência de chuvas em 23 de dezembro estão com o potencial produtivo reduzido. Neste contexto, concluímos que a estimativa de perdas da lavoura de soja do município de Dom Pedrito fique em torno de 40%.

Milho: a cultura do milho, juntamente com o sorgo, é sempre a última a ser estabelecida. Estima-se uma área de 1500 hectares já plantados. Sem problemas sanitários. Em função da estiagem e suas consequências, estimamos uma perda de 20%.

Sorgo: a exemplo da cultura do milho, é a última a ser estabelecida. Estima-se que já estejam implantados 600 hectares, sem problemas sanitários. Em função da estiagem, estimamos uma perda em torno de 20%.

Olericultura: os produtores que estão contratados para fornecer ao PNAE e o PAA enfrentam dificuldades na produção de olerícolas. Suas reservas hídricas estão sem condições de atender suas demandas, necessitando num primeiro momento que chova e, em um segundo momento, construção.

Cotações – período 5 a 12 de março

Arroz (saca de 50 kg): R$ 34,00

Soja (saca de 60 kg): R$ 72,50

Milho (saca de 60 kg): R$ 29,07

Sorgo (saca de 60 kg): R$ 20,33

Feijão (saca de 60 kg): R$ 132,35

Trigo (saca de 60 kg): R$ 30,38

Boi gordo (kg vivo): R$ 4,90

Vaca gorda (kg vivo): R$ 4,00

Vaca de invernar (kg vivo): R$ 3,80

Terneiro (kg vivo): R$ 5,00

Cordeiro (Kg vivo): R$ 6,50

Capão (Kg vivo): R$ 5,50

Lã Cruza especial (Kg): R$ 8,50

Leite (litro): R$ 0,92

Mel (Kg): R$ 7,50

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