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Incêndio na prefeitura de Dom Pedrito mobiliza bombeiros

Fogo atingiu a assoalho do Salão Nobre do Palácio Ponche Verde. No dia 9 deste mês, a pedido do Ministério Público, a Justiça determinou que em 90 dias o Município de Dom Pedrito elabore projeto e execute as obras necessárias à recuperação da cobertura e do teto do terceiro pavimento do Palácio Ponche Verde

No começo da tarde deste sábado, o Executivo municipal passou por mais um revés. Não bastassem as calamidades que o município enfrentou nos últimos anos, demandando habilidade da administração, uma pandemia que assolou o mundo e agora um incêndio no prédio que é símbolo de Dom Pedrito.

Pouco antes das 13h de hoje, os bombeiros de Dom Pedrito foram chamados por funcionários da prefeitura em razão de um incêndio no prédio da administração. Quem viu a fumaça foi o vigia que estava de serviço no momento. Rapidamente os militares iniciaram o trabalho de combate às chamas que se concentraram no pavimento superior, precisamente no Salão Nobre.

As 12h 04min, as câmeras da Qwerty flagraram o momento em que a fumaça começa a sair pelas janelas laterais, o que indica que o fogo deve ter iniciado alguns minutos antes.

De acordo com informações dos bombeiros, é provável que o fogo tenha se originado em razão de algum problema elétrico, mas isso somente uma perícia poderá afirmar.

Enquanto era realizado o trabalho de rescaldo, diversos servidores da administração estiveram auxiliando os militares na retirada dos móveis, equipamentos e documentos do pavimento logo abaixo, onde funciona a Secretaria de Planejamento, Gestão Estratégica e Meio Ambiente.

A área foi parcialmente isolada, o que inclui o Salão Nobre, a secretaria logo abaixo e algumas repartições que funcionam no pavimento mais abaixo, conhecido como porão, em razão das infiltrações de água, decorrentes do combate ao incêndio.

O prefeito Mario Augusto, em meio ao trabalho de auxílio aos bombeiros, nos falou que o fato é de se lamentar, mas que frente a gravidade que poderia ter sido, o prejuízo ainda é menor, muito embora seja um dia muito triste, em função de tudo que o Palácio Ponche Verde significa para a comunidade pedritense. Ele finalizou agradecendo ao Corpo de Bombeiros aos funcionários que trabalharam no auxílio. O vice-prefeito Alberto Rodrigues também esteve no local e assim como o prefeito, lamentou o fato.

Ministério Público já havia indicado a necessidade obras

A pedido do Ministério Público, a Justiça determinou, nesta quarta-feira, 8, que em 90 dias o Município de Dom Pedrito elabore projeto e execute as obras necessárias à recuperação da cobertura e do teto do terceiro pavimento do Palácio Ponche Verde, sede da Prefeitura do Município de Dom Pedrito, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado, diante do risco de colapso da estrutura.

A decisão foi proferida em agravo de instrumento interposto pelo MPRS, por meio do promotor Leonardo Giron, nos autos da ação civil pública ajuizada anteriormente, na qual foi indeferida a tutela de urgência. O pedido incluía que o Município apresentasse projeto técnico e executasse as obras urgentes no imóvel, incluindo a falta de PPCI e equipamentos de prevenção e combate a incêndio, as questões de acessibilidade, a situação do porão e da energia elétrica.

Conforme o promotor Francisco Lauenstein, o MP apurou, por meio de inquérito civil, irregularidades na preservação e reparos do Palácio do Ponche Verde. A investigação apontou, além da realização de reparos inadequados e sem autorização do IPHAE, a precariedade do prédio, inclusive com risco à segurança dos usuários. “As vistorias realizadas demonstram a realização de reparos não autorizados na fachada do prédio, como a utilização de tinta acrílica e a instalação de aparelhos de ar condicionado”, conta o promotor. Foram identificadas também más condições de habitabilidade no porão, que abriga o arquivo de documentos, além da inexistência de PPCI e acessibilidade a pessoas com deficiência. “Se não houver programação para a conservação do prédio, as irregularidades serão perpetuadas”, alegou Lauenstein no agravo.

Na decisão desta quarta-feira, o desembargador Francesco Conti levou em conta vistoria realizada por arquiteta e engenheiro civil do município de Dom Pedrito, que recomendou urgentemente o reparo da cobertura para evitar as infiltrações e degradar ainda mais a estrutura do prédio, e intervenção no teto em estuque do terceiro, por apresentar grave risco de desabamento. “Demonstrado, para além da necessidade de preservação do patrimônio histórico, a existência de risco aos usuários, imperativo o deferimento da tutela de urgência no ponto, para que o Município realize as obras necessárias à recuperação do local”, disse o desembargador.

O pedido final da ação civil pública é para que o Município apresente projeto definitivo de restauração da edificação e insira no orçamento dotação para o projeto de restauração do prédio para o exercício de 2021.

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