Federarroz orienta produtores sobre participação no Pepro

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), com o objetivo de organizar os produtores para que não tenham surpresas em relação ao Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), teve a iniciativa de buscar empresas para efetivação dos contratos com a expectativa de escoar 100 mil toneladas. Assim, a entidade recomenda que os produtores efetivem a procura do Pepro para que haja uma garantia de produto para atender essa demanda.
Conforme o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, essa foi uma medida que a entidade encontrou com o objetivo de disponibilizar uma via de escoamento imediata, com pagamento de preço mínimo, confiável e com parâmetros normais de recebimento. “Ou seja, não há descontos abusivos e as exigências estão dentro de uma normalidade, o que aprecia o produto do produtor”, destaca. Dornelles informa também que já estão lançadas as condições necessárias para o preço mínimo, que hoje é de R$ 36,01 a saca de 50 quilos, mas recomenda que o produtor tenha cautela com o objetivo de não superofertar os mercados. “Mesmo aquele produtor que teve uma estratégia equivocada de venda do produto, agora, neste momento, ele deve ter mais sangue frio. Novamente este será um ano muito duro, que vai exigir ainda mais questões de gerenciamento, de gestão e de estratégia comercial, mas temos uma plena certeza de que, no futuro bem próximo, nós teremos preços menos depreciados e um comércio mais dinâmico do arroz”, observa.
Os produtores de arroz que decidirem participar dos leilões de Pepro devem realizar inscrição no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf), ferramenta que permite ao produtor negociar o fornecimento de produtos a qualquer órgão do governo federal. Após o cadastro, o produtor, estando apto, deve contratar uma corretora cadastrada na Bolsa de Mercadorias e participar dos leilões.
Exportações
As exportações do grão no mês de janeiro foram positivas, com 161,23 mil toneladas embarcadas, maior volume neste ano comercial, iniciado em março de 2017, que já totaliza 901,79 mil toneladas. Segundo o presidente da Federarroz, o mercado para exportação, em fevereiro, iniciou extremamente movimentado, pois logo no início deste mês saíram três navios carregando arroz no porto de Rio Grande. Até a abertura da colheita existe a previsão de escoamento de mais 100 mil toneladas para a exportação.