Família de Guilherme Júnior, vítima do primeiro homicídio do ano em Dom Pedrito, fala sobre o crime

Dor, tristeza e indignação de uma mãe que viu o filho ser morto com golpes de facão na noite de sábado (7), na rua Marechal Deodoro, em Dom Pedrito. Procurados pela família de Guilherme Júnior Jorge Coelho, vítima do crime ocorrido sábado, nossa reportagem foi até a casa da família na tarde desta terça-feira (10), onde conversamos com a mãe de Guilherme, dona Vera Denise Pires, e com as irmãs dele, Letícia e Clarice Jorge Coelho.

Elas relataram que, há cerca de 20 dias, Guilherme e o acusado Aldo de Jesus Adolfo Fontoura Júnior, tiveram um desentendimento. Desde então, segundo as irmãs da vítima, “quando eles se enxergavam, ambos ficavam se cuidando um do outro”.

Na noite do crime, segundo as irmãs da vítima, Guilherme estava com sua família em uma casa próxima à casa da sogra de Aldo de Jesus, que estava lá acompanhado de sua esposa. Guilherme, embriagado, teria quebrado o espelho do carro de Aldo utilizando uma lata de cerveja, conforme narrasua família.

Cerca de uma hora depois, conforme contam as irmãs de Guilherme, ele teria decidido que iria na casa de sua tia – que também vem a ser sogra do acusado – para saber o porquê dela estar ‘diferente’ com ele. A mãe da vítima, dona Vera Regina, que assistiu à morte do filho, conta que ele chegou de moto em frente à casa de sua tia – sua irmã – e, quando foi tirar o capacete, foi surpreendido por Aldo, que desceu do carro gritando “ele tá armado”, e já desferiu os golpes de facão em Guilherme que, segundo dona Vera, não teve chance de se defender.

Sobre as afirmações feitas por Aldo de Jesus na delegacia de polícia, de que Guilherme estaria armado, a família nega e diz ter inúmeras testemunhas de que Guilherme estava portando, no momento do crime, somente um vidro de perfume e um aparelho celular.

Guilherme deixa dois filhos: um menino de 9 e uma menina de 2 anos. “Só quero Justiça e que a verdade seja dita”, finalizou a mãe da vítima.