Efeitos da estiagem ainda não são sentidos com gravidade em Dom Pedrito
Os efeitos da estiagem que assola a região ainda não sentidos com gravidade em Dom Pedrito. Apesar dos baixos e irregulares volumes de chuvas, os produtores têm conseguido levar adiante a produção de arroz e soja. Mesmo assim, o panorama poderá mudar se o clima não colaborar nos próximos dias. A reportagem conversou com o chefe do escritório local da Emater, engenheiro agrônomo Walney Lucas Moreira, e com o técnico agrícola do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Maicon Tomazetti.
De acordo com Moreira, devido às chuvas irregulares, ainda não é possível afirmar se haverá (ou se há) prejuízos financeiros no campo, diferente das cidades vizinhas. Mesmo assim, se espera uma chuva com índices pluviométricos mais equilibrados para que não haja perdas significativas no campo. “Pode mudar para melhor ou pior”, salienta Moreira. Durante a semana, com as temperaturas mais baixas, algumas perdas foram registradas nas lavouras de arroz, já que, segundo Moreira, o frio acaba prejudicando as plantações.
A pecuária não está sendo tão prejudicada no município. Segundo a própria Emater, o município possui mais de 400 mil cabeças de gado, Waynei relata que em termos de nutrição ainda não há problemas, mas algumas propriedades já enfrentam dificuldades com a falta d’água para os animais, enquanto em outras que registraram bons volumes de chuva ainda não enfrentam este problema.
O técnico do Irga, Maicon Tomazetti, comenta que ainda não há problemas com a lavoura orizícola, pois no início do plantio, barragens foram usadas para banhar as plantações. Ainda não foram contabilizadas perdas nas lavouras, pois muitos produtores possuem suas reservas hídricas.
De acordo com dados do Irga, em Dom Pedrito foi semeada uma área de 44.990 hectares de arroz. Segundo a Emater, foram 80 mil hectares semeados de soja, mesmo número da safra anterior.
