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Dupla é condenada por homicídio qualificado em Bagé

Aconteceu ontem, no Fórum de Bagé, o júri popular de Carlos Eduardo Martins Resende e Daniel Jardim Rodrigues. Ambos foram condenados pelo homicídio qualificado de Jarbas Zimermann Ferreira, crime ocorrido em 23 de novembro de 2014, por volta das 21h15min, na rua 804, bairro Habitar Brasil. Resende foi condenado a 12 anos de reclusão e Rodrigues, a 12 anos e seis meses. Ambas a penas previam seu cumprimento em regime inicial fechado. Porém, os denunciados conquistaram o direito de recorrer em liberdade.

Depoimentos

O serviços gerais Carlos Eduardo Martins Resende, 33 anos, em depoimento no salão do júri, negou a autoria e qualquer participação no crime. “Estão me acusando de ter cometido o assassinato. Nunca tive problemas com a vítima. No dia do ocorrido, eu estava no Parque do Gaúcho, com minha esposa e filhos. No local, nem nos falamos. E o Daniel só conheço de vista. Não tenho convivência com ele”, salientou.

Já o servente de pedreiro Daniel Jardim Rodrigues, 24, relatou que estaria na Festa do Churrasco no dia do crime, mas também negou autoria. “Saí da festa com minha família, encontrei uns amigos e convidei para fazer um churrasco na minha casa. Eu não pratiquei o crime e não tinha relação ou desavenças com a vítima”, disse.

Conforme a sentença de pronúncia e algumas outras ocorrências que os dois denunciados possuem contra si, ambos têm apelidos. Carlos Eduardo é conhecido como “Dado” e Daniel teria o apelido de “Danda”, porém, em depoimento, frente à juíza Naira Melkis Pereira Caminha, os dois negaram ter qualquer tipo de denominação.

Denúncia

Conforme a denúncia, ambos os acusados, em comunhão de vontades e conjugação de esforços, mataram Ferreira. Para tanto, os denunciados, de porte de uma arma de fogo, que não foi apreendida, dispararam três tiros contra a vítima, os quais lhe transfixaram o rosto e o tórax, sendo que o ferimento no crânio foi a causa atestada para a morte.

Ao que consta, o ofendido e os denunciados, durante a Festa do Churrasco, no Parque do Gaúcho, entraram em discussão verbal, uma vez que Ferreira e Resende mantinham desavença oriunda de delito praticado pela vítima contra o genitor de Resende.

Por fim, consta, no processo, que homicídio foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima – que foi alvejada, de repente, durante o período noturno e em lugar ermo, por dois indivíduos (disparidade de forças), armados com arma de fogo, sem possibilitarem qualquer chance de defesa.

Relembre o caso

O oitavo homicídio de 2014 aconteceu na noite de domingo (23), na saída do Parque do Gaúcho. Segundo ocorrência registrada, a equipe de operações foi acionada a comparecer na rua 804, do bairro Habitar Brasil, onde teria uma vítima de disparo de arma de fogo caída no chão. Ao chegar ao local indicado, nada encontraram. Porém, próximo ao local, já no interior do Parque do Gaúcho, encontraram Jarbas Zimermann Ferreira, 35 anos, natural de Giruá, morto.

O Samu compareceu ao local e atestou o óbito. Na sequência, o local foi isolado e a perícia acionada.
A namorada da vítima informou que estava com o companheiro no momento dos disparos. Segundo contou aos policiais, os dois saíam do Parque do Gaúcho quando, de repente, ouviram-se os tiros e todos que transitavam no local se abaixaram. Os autores do crime não foram identificados no dia do fato. A namorada da vítima informou que foi possível identificar apenas que eram dois indivíduos, um alto e outro baixo.

Conclusão do inquérito em Dezembro de 2014

O oitavo homicídio deste ano, que matou Jarbas Zimermann Ferreira, na noite de 23 de novembro, ocorridopróximo ao Parque do Gaúcho, teve as investigações concluídas pelo delegado da 2ª Delegacia de Polícia, Luís Eduardo Benites. Ferreira, que foi morto a tiros, teria sido alvejado por Carlos Eduardo Martins Resende, com participação de Daniel Jardim Rodrigues, conforme o relatório do homicídio entregue ao poder Judiciário.

Benites relatou que o indiciamento de Resende e Rodrigues teve base nas informações colhidas durante as investigações. “Através de depoimentos de testemunhas, indiciamos os dois como responsáveis pelo crime”, finaliza.

Folha do Sul

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