Dom Pedrito: Demarcações irregulares são retiradas com retroescavadeira da prefeitura municipal

Na manhã desta quinta-feira (17), funcionários da Prefeitura Municipal estiveram no bairro Meu Norte – fundos da Escola Municipal Infantil Marli Cassol – para retirar demarcações irregulares que foram feitas por famílias que começaram a invadir uma área verde para construir suas casas.
De acordo com os funcionários que realizaram o trabalho esta manhã, a ordem foi do prefeito Lídio Bastos. Segundo informações, as demarcações foram a primeira parte do trabalho que culminará com a reintegração de posse da área invadida, visto que neste local não pode ser construída nenhuma casa.
Nos próximos dias, a prefeitura deverá entrar com uma ação na Justiça solicitando a reintegração de toda área invadida, por isso as famílias devem estar preparadas para sair do local.
O morador mais antigo e o primeiro a invadir a área onde construiu sua casa, foi Nelson Tomas Xavier. Ele disse à nossa reportagem que “faz um ano que moro no local e não vou sair”, acrescentando que estuda, em conjunto com as demais famílias, a realização de um protesto em frente à prefeitura, a fim de mobilizar e mostrar para o executivo que eles não tem para onde ir.
Ainda segundo Nelson, todas as famílias foram entrando e demarcando sua área para depois construir suas casas. Indagado sobre o poste de iluminação que ele já possui na frente da sua, Nelson falou que conseguiu com uma pessoa que trabalha na prefeitura, mas que não vai identificar.
Segundo Nelson, este mesmo funcionário conseguiu o número para colocar na casa, o que possibilitou a ligação da energia por parte da Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE).
Vale lembrar que em setembro os repórteres Elliézer Garcez (Portal Qwerty) e Adriano Simões (Jornal Ponche Verde), receberam a informação de que algumas pessoas estariam invadindo uma área pertencente ao município, localizada no bairro Meu Norte.
Na oportunidade, eles conversaram com algumas pessoas que já haviam se apropriado da área. As mesmas informaram que não possuiam casa própria e como diversas outras pessoas estariam construindo no local, também resolveram tomar a mesma atitude.
Os repórteres constataram também que apenas uma das casas construídas na área possuía energia elétrica, já as demais, além de precárias, também não contavam com luz, rede de água e esgoto – fato preocupante pois no local estavam morando diversas crianças pequenas.
Questionados na época sobre alguma documentação que os garantisse a propriedade do terreno no qual construíram suas casas, os moradores argumentaram que aquela área era improdutiva e que muitas outras pessoas estavam apropriando-se dela.
Outro fato citado em setembro, é que durante a campanha eleitoral muitos candidatos apareceram manifestando apoio às famílias e prometendo lutar a fim de regularizar a situação deles, se fossem eleitos.