Diretor da Unidade Transfusional fala sobre coleta que será realizada no dia 25

O diretor do Pronto Socorro e da Unidade de Coleta e Transfusão (UCT), médico Henry Ribeiro Ritta, recebeu nossa reportagem na manhã desta quinta-feira (16), na sede da Unidade – anexa ao PS – para falar sobre a próxima coleta de sangue no município, que será realizada no dia 25. Ritta esclarece dúvidas sobre a doação, demanda mensal de sangue e o processo que é realizado – da coleta até o retorno para ser utilizado.
Ritta salienta a importância da participação da comunidade na campanha. “É um ato de solidariedade, mas, sobretudo, um ato de vida”. No município, são utilizadas, em média, 80 bolsas de sangue por mês. “As coletas ocorrem apenas três vezes por ano e nós conseguimos na média somente 80 a 100 bolsas, cada coleta serve praticamente para apenas um mês. Nos outros três a quatro meses nós usamos sangue de outros locais”, relata.
O objetivo da coleta é ultrapassar 100 bolsas de sangue. “Cem bolsas não são 100 doadores. Nós precisamos passar de 100 doadores”, pontua Ritta. Salienta-se que alguns doadores não atingem os critérios e algumas bolsas não são aprovadas nos testes realizados posteriormente.
Ritta esclarece que o sangue coletado no município é levado para Pelotas. “O sangue coletado no dia 25 vai para Pelotas para ser preparado. Lá ele passa por alguns testes, como tipagem sanguínea, para saber de que tipo é o sangue, imunologia, para saber se o sangue tem alguma doença. Depois ele é separado”, explica. Assim, o sangue retorna ao município de acordo com a necessidade do paciente.
Outra curiosidade é que o sangue precisa ser tratado com cuidado, pois é muito frágil. Os glóbulos vermelhos duram apenas 30 dias, portanto, uma bolsa tem apenas esse prazo para ser utilizada. Do contrário, acaba descartada. As plaquetas – presentes no sangue e responsáveis por estancar sangramentos – duram apenas três dias.
Quem pode doar
Segundo Ritta, pode doar quem tem entre 16 e 70 anos. Gestantes e puérperas não podem realizar e doação, além de pessoas com patologias autoimunes ou com doenças sexualmente transmissíveis.
Demanda mensal é significativa
A demanda mensal de sangue no município é de 70 a 80 bolsas. “São pelo menos duas bolsas por dia, daria 60 bolsas, mas é mais do que isso”.
Sangue é utilizado em vários casos
Por vezes, na cultura popular se pensa apenas que em casos de traumas – acidentes, cortes a faca, entre outros – se necessita de sangue, mas Henry revela que em Dom Pedrito, a maior demanda não tem relação com trauma. “Não chega a 10% (casos onde o trauma é a causa da solicitação de sangue). Quando se precisa é urgente, mas não é algo tão comum. Em geral, outras patologias requerem sangue. Aqui em Dom Pedrito, doenças crônicas e terminais, como o câncer, aonde a pessoa vai ficando fraca e anêmica (…) necessitam de sangue com mais frequência”.
A entrevista completa, o leitor poderá conferir no Jornal das Oito, às 20h, na Qwerty TV (http://tv.qwerty.com.br).