Desemprego fecha 2019 em 11,9% e atinge quase 12 milhões de pessoas
Crescimento de profissionais técnicos vem como resposta ao combate de desemprego.
A taxa média de desemprego no país fechou 2019 em 11,9%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (31). O número é inferior ao registrado em 2018, que havia fechado em 12,3%.
No quarto trimestre do ano passado (outubro, novembro e dezembro), a taxa de desemprego ficou em 11% — nos três meses anteriores, o índice havia sido de 11,8%. Segundo o IBGE, é a menor taxa do trimestre terminado em dezembro desde 2015, quando atingiu 8,9%.
Contudo, o último mês de 2019 ainda registrou um alto número de desempregados: 11,6 milhões de brasileiros seguiam sem ocupação. “Na comparação com o menor ponto da série, quando atingiu 6,8 milhões em 2014, a população sem trabalho quase dobrou, crescendo 87,7% em cinco anos”, disse o IBGE.
Ainda conforme o instituto, foram 12,6 milhões de desocupados em média no ano passado, um recuo de 1,7% — ou 215 mil pessoas a menos — em relação a 2018.
Já o trabalho informal atingiu seu maior contingente desde 2016 no Brasil, com 41,4% da força de trabalho, ou o equivalente a 38,4 milhões de pessoas, apesar da estabilidade com relação ao ano anterior, 2018.
Em dezembro, número de trabalhadores com carteira assinada registrou 33,7 milhões, um aumento de 1,8% com relação ao trimestre anterior, enquanto o número de trabalhadores por conta própria ficou em 24,6 milhões, 782 mil pessoas (3,3%) a mais do que o fim de 2018.
É no campo técnico que os empregadores mais enfrentam dificuldade para encontrar profissionais. E a escassez permeia todas as áreas técnicas, de automação a edificações, de eletrônica a alimentos e bebidas.
No passado os cursos técnicos no Brasil não eram tão prestigiados. Mas já se sabe que hoje, os cursos técnicos oferecem uma oportunidade profissional mais rápida e, por isso, eles vem sendo muito valorizados.
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