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Delação da Odebrecht contém informações sobre a barragem do Taquarembó

Humberto Trezzi, do Diário Catarinense, traz uma informação bastante curiosa – embora um tanto óbvia. Apesar da morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, a homologação da delação premiada da Odebrecht deverá ocorrer no próximo mês. Envolvendo 77 executivos da empresa, ela foi apelidada de “delação do fim do mundo”, por supostamente envolver nomes de políticos dos mais variados partidos.

São 12 parlamentares gaúchos que teriam sido citados durante os depoimentos; dois ex-governadores e 10 parlamentares federais (um senador e nove deputados). A obra da barragem do Taquarembó, cabe lembrar, foi iniciada pela construtora Odebrecht, que acabou abandonando a mesma alegando atraso nos repasses da União e problemas no contrato estabelecido. Após um novo processo, a obra foi retomada pela construtora Sanenco.

A Odebrecht realizava doações sistemáticas à campanhas de diversos políticos, assim, os investigadores devem rastrear as ligações através da verificação das doações ou no Imposto de Renda. Também há destinatários de contribuições legais, mas que obtiveram em troca ajuda à construtora.

Os gaúchos mencionados na delação são ligados a PMDB, PT, PSDB, PTB, PSB e PP. A maior parte dos casos envolve caixa 2 (recebimento de recursos não declarados ou de forma dissimulada) para pagamento de dívidas de campanha.

Sobre a barragem do Taquarembó, teriam sido identificados indícios de pagamento de propina através de e-mails trocados por integrantes do Setor de Operações Estruturais da Odebrecht, departamento que seria encarregado de distribuir vantagens indevidas.

 

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