Cristian de Freitas Dias é condenado a quatro anos e seis meses de reclusão em regime fechado
Réu foi condenado por tentar matar Denílson Rodrigues da Silva durante uma festa em dezembro de 2015
Ocorreu na manhã desta terça-feira (25), o quarto e último júri do mês de setembro. O réu Cristian de Freitas Dias “Pombão”, foi julgado pela tentativa de homicídio de Denílson Rodrigues da Silva. O crime ocorreu no dia 24 de dezembro de 2015, no salão da Associação de Moradores do Bairro Santa Terezinha. O magistrado Luis Filipe Lemos Almeida presidiu o julgamento. O Promotor de Justiça, Leonardo Giron, foi responsável pela acusação do Ministério Público, já o réu Cristian de Freitas, teve sua defesa realizada pelo advogado Valdemar Mancilhas Rodrigues. Os trabalhos tiveram início às 9 horas da manhã, quando o Juiz da 1ª Vara da Comarca de Dom Pedrito, Luis Filipe Lemos Almeida, disse aos jurados e aos presentes, como o júri iria funcionar. Logo em seguida, foram sorteados os jurados, e posteriormente o início do julgamento.
Inicialmente, o réu prestou depoimento e fez esclarecimentos sobre o crime. Logo em seguida, foi a vez do Promotor de Justiça, Leonardo Giron, que tomou a palavra e explanou durante aproximadamente 50 minutos. Durante sua fala, ele tentou mostrar para os jurados sua convicção sobre o crime cometido naquele dia. Por volta das 11h, foi a vez do advogado de defesa, Valdemar Mancilhas Rodrigues. O defensor fez sua defesa focada na questão da autoria, entendendo que ela não era bem clara com relação a identificação do atirador. Ao final, os jurados decidiram pela condenação por homicídio tentado. Cristian de Freitas Dias deverá cumprir quatro anos e seis meses de reclusão em regime fechado.
A Denúncia
O Ministério Público acusou Cristian de Freitas Dias (POMBÃO) de desferir oito tiros contra Denílson Rodrigues da Silva (GORDO NHONHO), ferindo-lhe o braço, assumindo o risco de matá-lo, o que não ocorreu em razão de a vítima ter sido socorrida. Sem motivo algum, em 24/12/15, às 4:00, no salão da Associação de Moradores do Bairro Santa Terezinha, sito na esquina entre as ruas Cel. Jacinto Pereira e Rui Barbosa, capitulando o fato no art. 121.
Quanto à autoria
Pombão e o irmão calaram-se no Inquérito Policial e na instrução. Dois policiais militares chegaram após os tiros no salão, não prendendo o atirador; Uma testemunhas viu o irmão de Cristian puxar um revólver dentro do salão, mas não viu o atirador em via pública; Já uma segunda testemunha, noticiou sua participação no evento, mas nega ter visto briga ou tiros, somente admitindo trocas de cotovelaços após ser confrontado ao depoimento policial; A vítima Denílson Rodrigues da Silva procedeu a reconhecimento pessoal, no qual constou quatro pessoas, inclusive o irmão do réu, sendo que a vítima reconheceu Pombão de “bate pronto”, sem qualquer hesitação. Logo, a certeza visual da vítima constitui elemento suficiente de autoria para fins da admissão da acusação, inviabilizando a impronúncia.
Relembre o caso
Por volta das 4h desta quinta-feira (24), a Brigada Militar compareceu na Rua Jacinto Pereira, local onde estava sendo realizada uma festa de aniversário de 15 anos. Chegando ao local, os policiais encontraram um homem de 38 anos alvejado no braço direito por um disparo de arma de fogo. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) encaminhou a vitima ao Pronto Socorro.
Uma testemunha de 19 anos que estava na festa contou à nossa reportagem que alguns jovens quiseram entrar sem ser convidados. Ainda segundo a testemunha, os seguranças tentaram barrar a entrada, mas não conseguiram. Um rapaz foi agredido e a mãe desta testemunha foi atingida por uma cadeira na face. Os agressores ainda fizeram disparos de arma de fogo, que acabou acertando o braço de um dos convidados.