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CPERS decide por greve; representantes do Sindicato no município vão ouvir colegas

Em assembleia realizada na quarta-feira (8), em Porto Alegre, o CPERS/Sindicato decidiu por greve por tempo indeterminado, a partir do dia 15 de março. A greve é uma adesão a paralisação nacional contra as reformas da Previdência e Trabalhistas, além do pagamento parcelado dos salários e pela manutenção do Instituto de Previdência do Estado (IPE), como pautas regionais.

A reportagem entrou em contato com as professoras Claire Maria do Amaral, diretora do 17º Núcleo do CPERS, e com a professora Ana Lúcia Saraiva, representante do Sindicato no município. Elas ressaltaram que pretendem reunir-se com os colegas do município para chegarem a um ponto de convergência, mas que no dia 15 haverá uma paralisação, ao menos no Instituto Estadual de Educação Bernardino Ângelo. Ambas acreditam que a greve deverá ter um desenrolar nos próximos dias.

Durante o tempo de greve, o Cpers planificou diversas atividades regionais, como a criação de comitês nas escolas “Contra a Reforma da Previdência”, realização de seminários apontando os problemas da Reforma do Ensino Médio e união com outros sindicatos para reivindicar pautas de comum acordo.

O Sindicato dos Professores do Município também deverá ser contatado para que se trabalhem, em conjunto, as reivindicações do magistério, de forma geral. Cabe salientar que muitos professores atuam nas duas redes, tanto estadual quanto municipal.

Governo estadual divulga nota sobre decisão de greve

Sobre a informação divulgada pelo Cpers Sindicato, após ato de um grupo de sindicalistas que decidiu deflagrar greve a partir do dia 15 de março, a Secretaria da Educação torna público o seguinte posicionamento:

1 – A medida é inoportuna, visto que o ano letivo de 2017 se iniciou nesta segunda-feira (6) e a greve afetará diretamente a comunidade escolar, especialmente os mais de 900 mil estudantes.

2 – O país enfrenta uma recessão econômica sem precedentes, o que impacta diretamente o Rio Grande do Sul, que atravessa a maior crise econômica de sua história. No entanto, o Governo do Estado pagou o completivo do piso do magistério referente ao período de 2015 a 2017, impactando R$ 200 milhões/ano nos cofres públicos. Isso para que nenhum professor tivesse remuneração inferior ao piso nacional.

3 – Nos últimos meses de 2016, o Governo do Estado fez outro esforço para pagar a alteração de nível dos professores, resultando no aumento de R$ 25 milhões/ano na folha de pagamento do funcionalismo.

4 – A Secretaria da Educação confia que os nossos professores estaduais permanecerão em sala de aula, em respeito aos alunos e à comunidade escolar.

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