Corsan trabalha para instalar bomba no rio Santa Maria; chefe do escritório local fala sobre últimos acontecimentos

Alguns bairros chegaram a ficar mais de 24h sem água após um problema ser constatado em uma adutora na rua Conde de Porto Alegre, na sexta-feira (16). A Corsan começou a trabalhar no local, inclusive durante a madrugada, para solucionar o contratempo, enquanto isso, o município ficou sem abastecimento de água. Após muitas críticas nas redes sociais, comum nestas situações, o retorno do abastecimento ocorreu, em muitos bairros, apenas no dia seguinte, por volta da meia noite.
Para entender o que houve: a água utilizada, no momento, para abastecer o município, é proveniente da barragem da Serrinha, isso porque as bombas utilizadas no rio Santa Maria acabaram danificadas – o procedimento para instalação de uma nova bomba está sendo viabilizado, conforme explicou à reportagem o chefe do escritório local da Corsan, Cléber Aurélio Machado, na manhã desta terça-feira (20), além de esclarecer outras questões.
Segundo Machado, há cerca de um mês e meio, a bomba utilizada no rio apresentou problemas. “Trouxemos outra bomba, que não funcionou. Recorremos à outra bomba, que funcionou por uma hora e queimou”, esclarece. Questionado pelos motivos destas falhas, Cléber responde que dependeu de uma série de fatores. Ele comenta que mergulhadores vieram a Dom Pedrito para instalar mais uma bomba, mas o acesso ao local foi impossibilitado pela falta de trafegabilidade da estrada – funcionários da AML trabalham na estrada para dar acesso ao local.
É importante ter opções, caso o município enfrente outros problemas com o abastecimento – pois a água da barragem era utilizada apenas em ocasiões específicas, enquanto a água do rio Santa Maria é a “titular”, até então (antes dos problemas relatados acima ocorrerem) utilizada prioritariamente para abastecer o município.
“A barragem produz um volume máximo de 90 litros por segundo, só que essa vazão, na sexta-feira, começou a cair. Como fez um dia quente, a vazão caiu progressivamente. Não havia como atender à comunidade quando identificamos o vazamento. Com este volume não atendemos a cidade”, diz Cléber, explicando a origem do problema ocasionado na sexta.
O gerente diz que está pleiteando transformar o primeiro recalque, atualmente submerso no rio Santa Maria, em um recalque seco, pois assim não haveria necessidade de mergulhadores atuarem em eventuais problemas, facilitando a manutenção.
Retorno do abastecimento e muitas reclamações
É natural nestas situações, a falta de água, que alguns munícipes utilizem as redes sociais para apontar problemas no abastecimento – a água de aspecto escuro que sai das torneiras. Questionado, Cléber explica que após o reinício das operações da Estação de Tratamento (ETA), é realizado os expurgos na rede, por isso o retorno do abastecimento foi demorado.
Machado diz que não adianta apenas reclamar nas redes sociais sem procurar o escritório local para apontar o problema que o cliente enfrenta – e a Companhia buscar uma solução para o problema apresentado.
Questionamentos levantados na última semana
No dia 15, divulgamos alguns questionamentos realizados pelo ex-vereador e radialista Nilton Vargas, no programa Primeiro Jornal, na Rádio Upacaraí, onde ele relatou que algumas pessoas o procuraram para reclamar da Companhia (leia a matéria aqui).
Cléber explica, primeiramente, sobre ligações novas – ocasião em que o usuário vai até a Prefeitura solicitar um número para a residência. “A Corsan vai até o local, passa a metragem, tipo de terreno e se existe rede ou não. Se existir, o proprietário vai novamente até a Prefeitura. Mas ele (proprietário) é responsável pela primeira ligação da rede. Estamos trabalhando, com a Prefeitura, para que tudo seja feito pela Corsan”, aponta.
Sobre o recadastramento, Machado salienta que das 15 mil economias existentes em Dom Pedrito, três mil estão com cadastro desatualizado. “Se um usuário tem um imóvel alugado, o inquilino não pagou, mas ele efetua o pagamento e solicita o religamento. Entretanto, é necessário realizar a atualização do cadastro para religar”, explica.
Melhora nos serviços da terceirizada
Cléber diz ter constatado uma melhora significativa nos serviços da empresa terceirizada AML, responsável pela reposição da pavimentação em ruas onde a Corsan precisou abrir para realizar consertos e manutenções.