Corsan não renovará contrato com a AML Construções; encarregado da empresa fala que servidores serão demitidos
No final da tarde de ontem (22), a reportagem da Qwerty Portal de Notícias recebeu a informação de que os servidores da AML Construções, empresa terceirizada pela Corsan para realizar obras no município, haviam recebido ordens para não executar mais serviços, motivo pelo qual estavam parados desde o último domingo (21).
A reportagem entrou em contato com o chefe da unidade local da Corsan, Cléber Aurélio Machado, para levantar informações referentes ao assunto e, segundo ele, estaria sendo feito uma análise do contrato. “A Corsan está verificando se há algum serviço pendente por parte da terceirizada e também se a empresa tem algum valor a receber da companhia, dentro de alguns dias a situação será normalizada”, disse Cléber.
A reportagem foi até a sede da AML Construções e, em conversa com Norton Silva, encarregado da empresa no município, ele relatou que o contrato firmado entre a AML e a Corsan expirou, entretanto, a companhia não aceita a renovação de contrato e sim, tem por objetivo realizar um contrato emergencial, e não por licitação como o atual contrato. “Recebi uma ligação do proprietário da empresa dizendo que a Corsan pretende renovar o contrato por meio de contratação emergencial, portanto, a empresa iria começar a receber dentro de 90 dias, o que é inviável, pois não haveria recursos para manter os gastos com folha de pagamento, maquinário e outros gastos”, destacou Silva.
Ainda segundo Norton, o proprietário da AML Construções informou que em função disso, terá que demitir os cinco servidores da empresa que atuam no município. “Além de Dom Pedrito, os servidores da AML que atuam nas cidades de Caçapava do Sul e Lavras do Sul foram atingidos. Há dois anos, quando eu assumi aqui em Dom Pedrito, ouvia reclamações nas rádios, lia nos jornais e redes sociais notícias de caminhões caídos em buracos, em função de obras mal executadas pela Corsan, e hoje não existe mais isso”, pontua.
Norton destaca que a AML Construções sempre ofereceu todas as condições para que o trabalho fosse realizado de forma satisfatória no município. Ele lamenta a iniciativa da Corsan. “É duro, nós trabalharmos da forma que trabalhamos e simplesmente não darem bola, acho que querem uma empresa como a que estava atuando na pavimentação da rua Floribal Jardim, sem comprometimento algum com o município”, ressalta, acrescentando que a equipe foi surpreendida com essa notícia. “Eu sempre destaquei que nós somos daqui, jamais faríamos um serviço mal feito, porque nós utilizamos as mesmas ruas que todos, passamos com nossos carros por essas ruas. A pergunta que eu faço é, se o serviço está sendo executado da forma correta, por que não renovar o contrato? Infelizmente, Dom Pedrito vai voltar a ser o que era antes, aquela bagunça de buracos abertos, material de má qualidade sendo colocado em buracos e por aí vai. Enquanto eu estive à frente da AML, posso destacar que nosso trabalho foi bem feito, meus colegas e eu sempre fizemos o melhor na execução do nosso trabalho”, finaliza.
