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Concurso do Instituto Geral de Perícias do Estado supre apenas 6% do déficit

Fundamentais para obter provas em investigações de combate ao crime, os peritos estão escassos no quadro de servidores do Estado. Hoje, dos 1.752 cargos previstos no Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP-RS), apenas 39% estão preenchidos – 691, sendo 642 por servidores e 49 por profissionais contratados emergencialmente. O concurso em andamento, que deve ter sua homologação final de candidatos publicada nesta sexta-feira (16), nomeará 106 peritos. As informações são do Jornal do Comércio.

As nomeações suprirão apenas 6% do déficit.  Segundo o diretor-geral do IGP, Eduardo Lima Silva, esse chamamento servirá apenas para suprir necessidades emergenciais. Como foi autorizada a abertura de cadastro reserva para os aprovados que não forem convocados inicialmente, porém Silva espera que mais vagas sejam abertas posteriormente. “Acreditamos que, demonstrando a importância do trabalho dos peritos, é possível que novos chamamentos ocorram, mas também sabemos da dificuldade financeira do Estado, que não envolve só a necessidade física dos serviços, mas as possibilidades econômicas do governo”, observa.

Dessas 106 vagas, 35 são para peritos criminais, que atuarão nas áreas de computação forense; engenharias civil, elétrica, mecânica e química; farmácia, biomedicina, química e psicologia. Outros 35 cargos serão para peritos médicos-legistas, divididos nas categorias geral, patologia e psiquiatria. Os técnicos em perícia, de nível médio, serão distribuídos em 36 vagas nas categorias geral e radiologia.

Por oferecer um salário inicial abaixo de outros setores do serviço público, o IGP acaba perdendo rapidamente os servidores que nomeia. Enquanto o Estado oferece R$ 9,5 mil para peritos em início de carreira, o salário inicial do mesmo cargo, em Santa Catarina, é de R$ 16 mil, e da Polícia Federal, de R$ 20 mil. “Havendo concursos para outros estados, o servidor acaba fazendo. Tudo porque o IGP não entrou na política salarial do governo anterior para as outras áreas de segurança pública”, lamenta.

Apesar do déficit, Silva tem buscado qualificar a gestão, a fim de que a falta de pessoal não atrapalhe tanto o trabalho. “Começamos a fazer um acompanhamento dos dados estatísticos de quais perícias tinham mais problemas e atrasos, o que acontecia no processo que fazia com que elas demorassem a ser executadas. Implementamos mudanças nos processos e nas metodologias”, explica.

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