Comércio vai abrir em Dom Pedrito?
Representantes falam sobre diferentes ângulos desse setor

Incerteza, preocupação com o futuro. Não há, efetivamente ,quem não tenha sido atingido em maior ou menor grau e o setor empresarial, seja ele qual for, não foge a regra. Fora os ligados à saúde, alimentação, postos de combustíveis outros poucos, tudo parou, ao menos até hoje (16), quando o governador Eduardo Leite deverá emitir um novo decreto, estabelecendo novas regras para o funcionamento desse importante setor da sociedade.
Aqui em Dom Pedrito vivemos um cenário de contrastes. De um lado temos a classe empresária, ao menos parte dela, querendo abrir as suas portas, do outro a classe dos empregados, que sem poder trabalhar teme pelo próprio futuro.
Nossa reportagem conversou com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Sergio Zani Vicente e também com Ricardo Schlütter, vereador e presidente Sindicato dos Comerciários, ambos lideranças do setor, mesmo que em lados distintos
Sergio Zani disse que em função das restrições, as próprias reuniões da entidade estão suspensas. O presidente salientou que todos os associados estão muito preocupados com toda a situação e na expectativa de que hoje (16), o prefeito de Dom Pedrito, Mario Augusto de Freire Gonçalves, levando em conta o pronunciamento do governador Eduardo Leite e analisando o decreto Estadual que deverá sair a qualquer momento, possa flexibilizar as regras já estabelecidas e o comércio possa retomar as atividades. Os empresários (aqueles que estão de portas fechadas) esperam que seja dada aos prefeitos a autonomia para decidir sobre o rumo desse setor em cada cidade, levando em consideração as particularidades de cada localidade, o que, em realidade foi feito. O representante da CDL acredita que um regramento em nível municipal possibilitando que o restante do comércio abra suas portas, é válido, uma vez que o cenário em Dom Pedrito é diferente de outros e que mediante o controle já visto em muitos estabelecimentos poderia ser estendido aos demais, sob pena de o impacto na economia, a longo prazo ser maior do que o já contabilizado
Já do lado dos comerciários, Ricardo Schlütter salientou duas questões importantes, a saber: a primeira com relação à parcela de funcionários que está trabalhando nas empresas que puderam seguir suas atividades. Estes trabalhadores continuam preocupados com sua segurança, uma vez que ficam mais expostos ao contágio, embora utilizando EPIs (Equipamentos de proteção individual, como máscaras e luvas), o que vem sendo alvo de fiscalização do sindicato no sentido de que essas empresas cumpram as determinações. Por outro lado, existe aquele parcela do comércio que ficou de portas fechadas e aí aparece o problema dos funcionários que querem retornar por medo de perderem os empregos. Isso sem levar em conta o fato de as escolas e creches estarem fechadas também. Encontrar o equilíbrio para essa equação é o grande desafio de empregados e empregadores nesse momento.
O fato é que depois do pronunciamento do governador Eduardo Leite na nesta quarta-feira (15), delegando à maioria dos municípios a autonomia para decidir sobre essa questão, levando em conta suas particularidades, a expectativa é grande quanto ao que o prefeito Mario Augusto anunciará no final do dia, quando um novo decreto municipal irá estabelecer novas regras, especialmente para o funcionamento do restante do comércio que está fechado até o momento.
Não há posição oficial, mas fontes dentro do Executivo municipal relataram a nossa reportagem que o comércio como um todo poderá voltar a funcionar, mas é claro, seguindo algumas regras estabelecidas pelas autoridades de saúde. Aguardemos.