Com obra paralisada, projeto de pavimentação vai passar por readequação

Cercada de expectativas, a obra de pavimentação das “quadras do Badesul”, que começou a ser executada pela rua Floribal de Oliveira Jardim no bairro Tude de Godoy, foi paralisada, sem sequer uma quadra ter sido concluída. No primeiro momento, a obra foi paralisada pelo fato da Prefeitura estar no Cadin, impedindo que o Badesul repassasse as verbas referentes ao projeto. A Prefeitura não está mais no Cadin e a obra continua parada.
Buscando informações sobre a situação, a reportagem da Qwerty Portal de Notícias, acompanhada da reportagem do Jornal Ponche Verde, foi até a Secretaria de Planejamento para saber mais sobre as questões que impedem o reinício dos trabalhos. A secretária Luciane Moura explicou, passo a passo, um histórico da obra, os problemas e o que será feito para que a retomada do projeto seja realizada pela Agon Construtora – empresa contratada para ser a executora.
Sobre o fato de o município ter entrado no Cadin (Cadastro Informativo das Pendências perante Órgãos e Entidades da Administração Estadual), Luciane diz que isso se aconteceu devido a uma solicitação da Fundergs que não foi atendida. “Em setembro passado, a Fundergs notificou o município a prestar contas sobre uma obra no Módulo Esportivo, mas não houve a prestação de contas em tempo hábil, então, o município precisou devolver uma verba para sair do Cadin”, explica a secretária.
Após a retirada do município do Cadin, o responsável pela empresa Agon procurou a Prefeitura para dar continuidade nos trabalhos, entretanto, Moura enfatiza que o projeto foi feito em 2013 e iniciado em 2016, portanto, com valores defasados (sem sofrer atualizações de acordo com a inflação e os custos de execução), de R$ 2 milhões do Badesul, mais R$ 222 mil de contrapartida do município.
Readequação do projeto
Em contato com o Badesul, houve a confirmação de que é possível realizar a readequação do projeto e adaptá-lo dentro do orçamento disponível, assim, a secretária confirma que neste processo de readequação que será feito, haverá uma diminuição do número de quadras a serem pavimentadas (no projeto original, estava prevista a pavimentação de 21,5 quadras). Será utilizado como critério de escolha as ruas em melhores condições, em que não seja necessário realizar grandes alterações nas tubulações e outras instalações.
Luciane relata que a pavimentação começou em uma rua tida como complicada de se executar qualquer modificação, conforme apurado em reunião com os técnicos da Prefeitura, pela compactação do solo e as alterações necessárias na via. Entretanto, a retomada do projeto deverá ser no local para que seja concluído o trecho incompleto. “Vamos readequar o projeto dentro do orçamento disponibilizado e chamar a empresa para que a obra seja levada adiante”, ressalta.
O Badesul disponibiliza as verbas de acordo com o andamento da obra, os valores só são liberados dependendo do trabalho executado pela empresa. A secretária não deu um prazo para retomada dos trabalhos. Enquanto nada ocorre, a via permanece semi-interditada, ocasionando transtornos aos moradores da quadra. A vegetação começa a tomar conta da pavimentação e dos canteiros, o material da obra (pedras, meio-fio e o pouco de areia que restou no local) estão expostos na via.
Asfaltamento de extensão da Floribal naufragou
Um dos grandes projetos previstos era o asfaltamento de uma extensão da rua Floribal Jardim, trecho a partir da rua Pedro Cesarine até a rua Serafim dos Anjos Freire, com prolongamento até a BR 293. O Projeto Executivo foi feito, custando R$ 24.900 aos cofres públicos, entretanto, os prazos espirados para elaboração da licitação da obra impossibilitaram qualquer chance da execução sair do papel, conforme explicou a secretária.
Os moradores daquela via demandam uma atitude para tentar resolver o problema com a poeira excessiva, drama vivenciado por muitos munícipes.