Com gasolina a quase R$ 8,00, etanol ainda não é uma opção para economizar

Foi-se o tempo em que o etanol (álcool) chegou a ser uma opção mais barata, pelo menos em alguns postos de combustível. Hoje, o combustível é adicionado à gasolina e nos perguntamos se a invenção dos carros tipo Flex, não seria uma mera estratégia para que os motores pudessem funcionar com a mistura sem ter problemas de combustão e corrosão.

O fato é que hoje, em Dom Pedrito, o único posto a comercializar o etanol é o que fica localizado na Av. Barão do Rio Branco. O preço de R$ 7,64 é quase tão caro quanto à gasolina, o que torna impraticável abastecer o carro com o derivado da cana de açúcar, uma vez que o consumo é maior. Para se ter uma base, o valor do Etanol tem que estar no máximo 70% do preço da gasolina para valer a pena

Quem se lembra do Proálcool – Programa Nacional do Álcool? Pois é, foi em novembro de 1975 que um decreto governamental criou a medida que iria incentivar a produção do combustível a base da cana de açúcar. Há quem diga que foi uma das maiores realizações genuinamente nacionais na área de ciência e tecnologia e milhares de veículos, de várias montadoras criaram motores que estão em carros até os dias de hoje.

Na época, a intenção era diminuir a dependência nacional ao petróleo quando seu preço disparou em 1973. Além da menor emissão de carbono para a atmosfera, o álcool incentivou a indústria nacional. Hoje ele ainda seria uma alternativa, mas com tantos olhares atentos, a ideia talvez sofresse criticas daqueles que veem na agricultura somente o dever de alimentar.

Mas para isso já existem alternativas, como os veículos elétricos. Quem sabe com a desestabilização comercial gerada pela invasão russa à Ucrânia, seja este um momento que os governos comecem a pensar e novas formas de combustível e transporte. Que sabe.