Cineasta carioca grava longa metragem no Banhado dos Anastácios
Céu Aberto é um documentário com 95 minutos que acompanha Andriele, uma jovem nascida e criada no interior do município

Céu Aberto é um documentário de longa-metragem realizado em Dom Pedrito/RS. O filme tem 95 minutos e acompanha Andriele, uma jovem nascida e criada no interior do município. Seus sonhos, inquietações, desejos, projetos, aprendizados, experiências são contados a partir do encontro entre a diretora, carioca, e a personagem. Juntas constroem uma narrativa que vai aproximando o público cada vez mais de Andriele à medida que os anos passam e ela começa também a se filmar. Como cenário, a cidade, mas sobretudo a vastidão da região de campanha de Dom Pedrito. Um retrato de uma menina, mas também de uma família típica campeira da fronteira. O projeto foi contemplado no SAV – Edital 05/2018 – Documentário Infância e Juventude.

A diretora Elisa Pessoa
Carioca, atualmente vive e trabalha em Dom Pedrito. Ela conta que sua ligação com o município vem da infância, quando passava as férias na estância do avô Luiz Mario Camargo Xavier e por isso sempre adorou a região da Campanha Gaúcha. Há cinco anos mudou-se definitivamente para a Capital da Paz. Nesse período, realizou gravações e fotografias, material que foi exibido em três exposições em São Paulo.
Artista visual e cineasta, expos seus trabalhos em São Paulo, Rio de Janeiro, Madri e Nova Iorque. Contemplada com Prêmio Funarte de arte contemporânea (2010 a 2015), com a bolsa Funarte de estímulo a criação artística (2013), e a bolsa Iberê Camargo (2008). Foi presidente do Centre International Les Recollts, Paris (2009); SPA das Artes, Recife (2008), Encontro Terceira Margem, Fortaleza (2008). Em 2018 foi selecionada pelo Rumos Itaú Cultural com Acerca da Terra e, em 2019, pela Bienalsur. Formada em Pedagogia e Artes Visuais pela Universidade de Paris VIII.
Andriele – a personagem principal

Quando começou a gravar tinha 12 anos. Ela revela que no começo não era muito acostumada com a ideia de estar sempre sendo filmada. “Foi uma experiência que me fez mudar um pouco até porque depois de um tempo estava gostando muito de fazer as filmagens”, confessou a menina que hoje está com 18 anos.
Questionada sobre o que mudou em sua vida depois dessa experiência, Andriele diz que as filmagens a ensinaram muito sobre a vida, sobre não se cobrar tanto e não se achar inferior somente porque vive na zona rural.
Hoje ela está no 3º do ensino médio, em vem todos os dias para a cidade acompanhar as aulas. Para o futuro, pretende vir morar na cidade e dar seguimento aos estudos e aos trabalhos da família.
O filme
O filme vai estrear na terça da semana que vem no Festival Internacional de Cinema de Curitiba, que acontece de 1º a 9 de junho e depois deve entrar em cartaz. Eliza revela que pretende fazer uma projeção aqui em Dom Pedrito. Confira o trailer: